VOCAÇÃO DE JESUS!
Deus seja amado com todas as forças de nosso coração e de nossa alma.
SOBRE NOSSA PEREGRINAÇÃO JUBILAR
O objetivo dessa mensagem é para tirarmos o melhor proveito espiritual (em primeiro lugar), e também humano (em segundo lugar), de nossa viagem. Em breve estaremos fazendo nossa Peregrinação Jubilar vocacional em Fátima – Portugal, e no Brasil.
- MUITAS COISAS PODERÃO ROUBAR NOSSO ESPÍRITO DE PEREGRINO
Jesus nos orienta dizendo: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26,41)
Resistamos à tentação de fazer de nossa viagem de Peregrinação Jubilar uma viagem sanguínea, humana. Ela é uma viagem espiritual!
Lembremos que estamos indo em união vocacional, aquela união na qual Jesus diz: “onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. (Mt 18,20)
- RESISTÊNCIA CONTRA A TENTAÇÃO DA DISPERSÃO INTERIOR?
Muitas são as tentações, mas queria pedir uma atenção especial para a resistência contra a tentação da dispersão interior durante nossa Peregrinação Jubilar deste Ano Santo. Ano Santo que só acontecerá novamente daqui a 25 anos.
Refiro-me à dispersão que possa nos afastar do objetivo vocacional de estarmos com o espírito de peregrinos e não de turistas durante nossa viagem de peregrinos vocacionais.
Não é pecado nem errado fazer turismo, inclusive teremos esses momentos, mas por estarmos em Peregrinação Jubilar no Ano Santo, façamos nosso turismo levando no coração a interioridade de almas peregrinas.
Isso não quer dizer que não possamos nos divertir, passear, conversar, sorrir, fazer compras, ir a shoppings, restaurantes etc. Podemos fazer essas coisas, mas fazendo-as, não nos esqueçamos do Senhor nosso Deus que tudo vê. Não somente porque Deus tudo vê, mas principalmente por amor a Ele.
Pedido!
Para a maior glória de Deus,
para a saúde de nossas almas,
para a salvação das almas,
para a libertação das Almas do Purgatório,
para desenvolvermos mais fortemente em nós o dom do Temor de Deus,
para aprendermos a reverenciar a Deus mais interiormente,
Quando entrarmos nas igrejas que iremos em Portugal (mesmo que você já tenha entrado mais de uma vez nelas), não entremos com espírito turístico vendo somente as belas coisas humanas. Entremos com espírito peregrino procurando estar unido e cada vez mais unido a Deus. Exemplo:
Quando entrarmos nas igrejas e basílicas, oremos na entrada, peçamos de todo coração a Deus um espírito de peregrino religioso. Que lá dentro sejamos contagiados das graças de Deus de modo que fiquemos descontaminados das contaminações do mundo e dos demônios.
Deus atenderá essa oração, e ao entramos, por exemplo, na Basílica da Estrela em Lisboa, Portugal, porque fizemos essa oração, Deus nos dará uma experiência mais profunda de fé e contemplação, permitindo uma maior unidade espiritual com Ele por meio do que é sagrado, e nos dará maior reflexão sobre a vida católica.
Na Basílica da Estrela (e em outras Basílicas, igrejas) poderemos ver, com a graça de Deus, a beleza e importância espiritual de um templo construído para servir a Deus. Com a graça dada por Deus, não veremos somente a beleza da arte humana que se detém no humano, mas conseguiremos, com a ajuda divina, fazer a sobreposição da beleza criada pelo ser humano, que é vista com nossos olhos de carne, para a importância espiritual das igrejas católicas pelo mundo, pois olharemos com os olhos da alma. Essa experiência servirá de meditação pessoal em nossas vidas.
Olhando apenas com os olhos da carne, o espírito turístico faz algo em nós.
O que ele faz?
Nos fará ver o exterior da Basílica e admirar a fachada barroca, com suas linhas elegantes e jardins circundantes.
O que há de perigoso nisso?
O perigo está em que a alma turística se detém tão somente na bela obra feita por homens. Estes homens receberam inteligência e dons de Deus para realizar uma bela construção que deve levar a meditação dos assuntos de Deus, e não somente para a admiração de sua beleza arquitetural.
Se olharmos somente a beleza estrutural, nossa alma não evocará a serenidade e a majestade divina que a beleza arquitetônica religiosa deve proporcionar, convidando-nos à meditação e ao respeito que é o objetivo espiritual das boas artes religiosas católicas.
Conseguiremos superar o entusiasmo da beleza da arte religiosa humana, seremos livres para sermos espirituais, e assim preparados, entraremos na Basílica da Estrela. O que veremos?
No seu interior veremos um espaço amplo com altares dourados. Sentiremo-nos convidados pela arte humana a entrarmos no ambiente sobrenatural pela oração. Indo nos sentar ou ajoelhar, já vamos mergulhados em Deus dentro de nós e nós dentro de Deus. Assim teremos nosso momento pessoal com Deus e Deus conosco.
Ao terminarmos esse momento de oração, poderemos andar pela Basílica olhando as imagens e esculturas dos santos católicos.
Cada imagem é uma história
Cada uma lembra quais foram as virtudes de vida daquele Santo.
Quem já viu a de São João Batista e as figuras da Sagrada Família, pode rever, talvez ver como não viu da outra vez que viu por ter olhado somente com os olhos da carne.
Agora, junto com seus peregrinos irmãos de vocação, olhando como os olhos do espírito, você se fortalecerá com a vida dos Santos pela lembrança de alguns de seus atos de fé, serviço e amor a Deus.
Essa lembrança será como que seu Anjo da Guarda falando para você sobre a vida dos Santos. As palavras de seu Guardião não serão ouvidas pelos seus ouvidos de carne, mas pelos ouvidos de sua alma.
As palavras de seu Anjo Protetor, o Guardião de sua alma, lhe encherão de alegria, entusiasmo, gratidão a Deus e devoção pelas coisas sagradas. Lhe convidarão e incentivarão para imitar as virtudes concedidas aos Santos pelo Espírito Santo. Você pedirá a Deus humildade, boa vontade, alegria, paz e fidelidade à vida de fé em Jesus Cristo para conseguir seguir o exemplo da vida dos Santos.
- DENTRO DA BASÍLICA
No interior, você poderá pensar em oração, sobre o motivo de Deus ter querido a construção dessa Basílica. Pensar sobre a importância histórica, religiosa e humana da Basílica para nós católicos e também para a humanidade.
- VOU TE DAR UMAS INFORMAÇÕES PARA LHE AJUDAR NA MEDITAÇÃO DENTRO DA BASÍLICA
Ela foi construída no estilo barroco português entre 1779 e 1790 por ordem da Rainha Maria I.
A rainha desejou que a Basílica representasse: a autoridade da Igreja Católica, a devoção e fidelidade real a Igreja, a união e submissão indissolúvel do trono ao Altar, e fosse mais do que um símbolo de resistência à secularização, fosse um marco da arquitetura religiosa de Portugal, que promovesse a unidade espiritual e a herança cristã nos períodos que Portugal e a Europa precisassem.
Um outro motivo importante foi por questão pessoal e espiritual. A Rainha Maria I, casada há muitos anos com o Rei Pedro III, conhecida como “Maria a Piedosa” por sua profunda devoção católica, era estéril.
Durante vários anos a Rainha Maria I orava repetindo a Deus suas orações quanto ao seu desejo de ser mãe e deixar um herdeiro que seria educado para a glória de Deus como Rei de Portugal.
Por causa de sua fé em Deus, nunca desanimou nem se desesperou pensando que não iria ser mãe, nem que o trono iria ficar sem Rei. Ela teve dois bons confessores, sacerdotes de grande espiritualidade.
O primeiro mestre e confessor que ajudou na formação de sua espiritualidade na juventude foi o Padre Timóteo de Oliveira (jesuíta), porém ele foi impedido de continuar o trabalho na alma de Maria I, que era sedenta de Deus.
Na noite de 21 de setembro de 1757, as forças das trevas no mundo dos homens desencadeou uma grande perseguição contra os jesuítas.
Em janeiro de 1759 foram presos os Padres Jacinto da Costa, Padre José Moreira, Padre Timóteo de Oliveira e muitos outros. Esses três eram os confessores, pregadores e mestres da família real. Quando Maria I foi coroada Rainha no dia 13 de maio de 1777, ela ordenou que fossem soltos.
O segundo confessor da Rainha Maria I em sua fase adulta foi o Frei Inácio de São Caetano, da ordem dos Carmelitas descalços. Ele era arcebispo de Tessalônica.
Tendo tido bons conselheiros, a Rainha soube sofrer com paciência as demoras de Deus. O conselheiro lhe dizia: “Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça”. (Eclo 2,3)
- CHEGOU O TEMPO DE DEUS
Um dia, em oração, a rainha teve uma inspiração: dirigir-se à Sagrada Família em oração. Após sua oração fez um voto à Sagrada Família, prometendo construir uma igreja dedicada a eles se fosse agraciada com a descendência.
Em 1761, aos 37 anos, ela deu à luz a D. José, sendo herdeiro do trono português com o título de Príncipe do Brasil. Posteriormente Deus deu à Rainha outros filhos.
Quanto ao primeiro filho, ela atribuiu a um milagre, uma real intervenção divina. Cheia de reconhecimento da misericórdia de Deus, a Rainha Maria I começou os planos para a Basílica ser erguida como cumprimento de seu voto. Cheia de gratidão e devoção, era a maior interessada em orientar ao arquiteto, engenheiro, como a Basílica deveria ser.
A obra começou no bairro da Estrela em 1779, e terminou em 1790. Tornou-se um marco de arquitetura religiosa e um local de peregrinação enfatizando a importância espiritual da família e da fé católica na corte portuguesa como era o desejo da Rainha.
- CURAS E MILAGRES NA BASÍLICA DA ESTRELA
A Basílica da Estrela é dedicada, consagrada, ao Sagrado Coração de Jesus. Apesar de ser um importante santuário católico, não é conhecida por milagres ou curas documentadas de forma oficial, como em locais famosos como Fátima ou Lourdes. No entanto, é frequentada por católicos de muita devoção religiosa de todo o mundo, e por pessoas que admiram sua beleza arquitetônica.
- HÁ RELATOS PESSOAIS E TRADIÇÕES QUE DESTACAM A IMPORTÂNCIA ESPIRITUAL DA BASÍLICA DA ESTRELA
Na Basílica da Estrela, os milagres são frequentemente associados a orações, intercessão de Santos e experiências pessoais de fé.
Nós, católicos, acreditamos que as igrejas e basílicas católicas são canais de graça divina, onde curas espirituais, mentais ou físicas ocorrem por meio da oração, reza do Rosário, e dos sacramentos, principalmente a Santa Missa.
A Basílica é um local de peregrinação onde os fiéis buscam conforto espiritual, cura interior e demais necessidades familiares ou pessoais. Muitos peregrinos relatam experiências pessoais, como ter encontrado a paz familiar, ter resolvido problemas financeiros, ter recebido curas emocionais, espirituais e físicas após a Santa Missa, ou após visitas, orações diante das imagens dos Santos dentro da Basílica, entre elas a de São João Batista.
- AS CONSAGRAÇÕES
A viagem de membros sob envio vocacional é uma viagem espiritual devido ao envio para as consagrações que fazemos dos países, da Igreja e das famílias.
É uma viagem espiritual devido levarmos as intenções que levamos não somente por nós, mas pelos outros que pediram que levássemos suas orações e pedidos e entregássemos a Nossa Senhora de Fátima no local de sua aparição aos três pastorinhos em 1917.
É viagem espiritual porque, buscando vocacionalmente a vontade de Deus, unindo-nos para fazermos os pedidos mais importantes para a glória de Deus, a salvação das almas, a libertação das Almas do Purgatório, perdão e salvação dos agonizantes de todos os dias e nossa santificação pessoal. Diante desses pedidos feitos em união vocacional Jesus nos diz: “Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus”. (Mt 18,19)
Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos a todos.
J.V.
