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O dilúvio da mentira prevaleceu até o dilúvio da água


“Assim como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem”.

Mt 24,37

Se você vivesse no tempo de Noé, você teria acreditado na pregação dele quando ele convidava todos ao arrependimento, porque Deus iria destruir a Terra com um dilúvio?

Fiz essa pergunta a uma pessoa. Depois da resposta dela, a pergunta que lhe fiz ficou ecoando dentro de mim com tanta veemência que estava dificultando que eu respondesse a mim mesmo. Senti que era mais meu coração que minha razão, querendo saber de minha resposta. Eu me sentia mexido mais na emoção do que na racionalidade. Fiquei tentando entender o que acontecia dentro de mim.

Eu já me tinha feito essa pergunta outras vezes e me tinha dado a resposta. Porque, então, eu estava ansioso em voltar a me perguntar? Entendi que meus apreensivos sentimentos a respeito deste assunto poderiam ajudar a minha razão a dar-me uma resposta menos superficial do que aquela que eu tinha dado a mim mesmo no passado.

No passado, eu simplesmente disse a mim mesmo que eu teria acreditado em Noé. Teria pedido a ele para, com minha família, ajudar a construir a arca, seu grande navio, para que, quando as chuvas que provocariam o dilúvio começassem, eu e minha família pudéssemos estar com ele na arca.

Esta pergunta que fiz a mim mesmo e fiz a outros, que está ressoando dentro de mim,  atingindo-me emocionalmente, começa a me fazer pensar na gravidade da profecia de Jesus quando nosso Salvador diz: “Assim como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem”. (Mt 24, 37)

Talvez haja quem não saiba o que Jesus falou sobre como foi no tempo de Noé, situação que se repetirá em Sua vinda. É claro que muito sabem, mas faz bem destruir o orgulho meditando sobre o que já se sabe, pois a humildade sempre enxerga além e mais além, para quem entra em batalha interior contra o orgulho evidente e o que está escondido nas profundezas de nossa natureza pecadora.

COMO FOI NO TEMPO DE NOÉ?

O próprio Jesus responde: “Nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E os homens de nada sabiam, até o momento em que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do Homem.” (Mt 24, 38-39)

“É grave pecado viver na criação de Deus com distância e indiferença à sua Pessoa divina.”

O QUE A HUMANIDADE FAZIA NOS DIAS QUE ANTECEDERAM AO DILÚVIO?
Eles comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento.

O QUE TEM DE ERRADO EM COMER, BEBER, CASAR?
O erro não está no comer, beber, casar. O erro, o pecado, está em fazer essas coisas com indiferença para com Deus, o Criador e Senhor de todas as coisas.

É grave pecado viver na criação de Deus com distância e indiferença à sua Pessoa divina. Quem assim vive demonstra que desconsidera a pessoa de Deus de modo consciente ou inconsciente.

A iniquidade consciente ou inconsciente, que considera que o nosso Deus está afastado e descuidado de Sua criação, é pecado grave.

COMO A HUMANIDADE ESTARÁ NA VOLTA DE JESUS CRISTO?

A humanidade estará unida no pecado, porém dividida em:

A indiferença da humanidade para com Deus na época de Noé se repetirá na segunda vinda de Jesus. A indiferença da humanidade para com Deus está levando as pessoas a viverem como querem, em desobediência aos Mandamentos de Deus. A desobediência a Deus as faz viver uma falsa alegria, uma falsa paz, com falsa esperança de um bom futuro.

Na época de Noé, a humanidade perdeu a consciência. Erravam, pecavam e ficavam friamente indiferentes aos seus erros e pecados. A inconsciência os possuiu de tal modo que, para eles, tanto fazia fazer uma coisa boa como uma coisa ruim. A Escritura Sagrada diz que:

“O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na Terra, e que todos os pensamentos de seu coração estavam continuamente voltados para o mal.  O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na Terra, e teve o coração ferido de íntima dor. E disse: “Exterminarei da superfície da Terra o homem que criei, e com ele os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os haver criado.” Noé, entretanto, encontrou graça aos olhos do Senhor.

A Terra corrompia-se diante de Deus e enchia-se de violência. Deus olhou para a Terra e viu que ela estava corrompida: toda a criatura seguia na Terra o caminho da corrupção. Então, Deus disse a Noé: “Eis chegado o fim de toda a criatura diante de mim, pois eles encheram a Terra de violência. Vou exterminá-los juntamente com a Terra. Faze para ti uma arca de madeira resinosa: dividi-la-ás em compartimentos e ajuntarás de betume por dentro e por fora.

Eis que vou fazer cair o dilúvio sobre a Terra, uma inundação que exterminará todo ser que tenha sopro de vida debaixo do céu. Tudo que está sobre a Terra morrerá. Mas farei aliança contigo: entrarás na arca com teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de cada espécie de animais, farás entrar na arca dois, macho e fêmea, para que vivam contigo. De cada espécie de aves, e de cada espécie de quadrúpedes, e de cada espécie de animais que se arrastam sobre a Terra, entrará um casal contigo, para que lhes possas conservar a vida. Tomarás também contigo de todas as coisas para comer, e armazená-las-ás para que te sirvam de alimento, a ti e aos animais.”  Noé obedeceu, e fez tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado.’’

(Gn 6, 5-8. 11-14. 17-22)

COMO NOÉ SALVOU SUA VIDA?
Tendo fé em Deus.

O QUE SALVOU A VIDA DE NOÉ? A ARCA?
Duas coisas salvaram a vida de Noé.

Por mais que Noé falasse que Deus iria castigar o mundo com o dilúvio, devido a não poder mais tolerar os muitos e grandes pecados da humanidade, as pessoas não acreditavam, achavam que isso nunca iria acontecer, que Noé era louco por construir um grande navio longe de mares e rios.

As pessoas, mergulhadas em seus pecados, vivendo sem querer dar satisfação a Deus, tinham ficado incapacitadas para perceberem que estavam totalmente indiferentes a Deus e que essa indiferença os cegava para verem a sua real condição espiritual diante de Deus.

As pessoas nem queriam sondar suas consciências, não queriam se ver interiormente, não queriam saber como Deus as via. O que lhes importava era viver a vida, aproveitar a vida, divertir-se. Enganavam-se, pensando que eram livres fazendo o que queriam, sem submeter suas consciências à avaliação de Deus.

PERGUNTA!

Após viverem a falsa liberdade na Terra, depararam-se com as eternas prisões do Inferno após suas mortes afogados no dilúvio?

OUTRA PERGUNTA!

Qual é a melhor prisão? Aquela que damos a nós mesmos por meio da disciplina, quer dizer, disciplinando-nos, não fazendo o que desagrada a Deus, ou a prisão da falsa liberdade que leva à prisão eterna no Inferno?

QUAL FOI SUA RESPOSTA?
Você escolheu a autodisciplina na Terra, que lhe dará a salvação eterna, ou escolheu a falsa liberdade da desobediência a Deus, que levará à prisão no Inferno?

Se você escolheu se autodisciplinar para conhecer sua verdadeira condição espiritual diante de Deus, lembre-se de que para perseverar nesse santo propósito, você precisará levar vida de oração diária, jejum duas vezes na semana, penitências segundo seu conselheiro espiritual, leitura diária da Sagrada Escritura e vivência dos Sacramentos. Procure um bom e santo movimento católico para se engajar nele.

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Chegou a hora de todos nós nos vigiarmos e orarmos mais que antes, pois as trevas já cobriram o mundo para cegar as pessoas. Já estamos vendo que as pessoas estão se comportando como na época de Noé. A cada dia, as pessoas estão mais interessadas em cuidar de suas vidas.

O QUE HÁ DE ERRADO EM CUIDAR DA VIDA?
O erro não é cuidar da vida; cuidar da vida é sinal de responsabilidade. O erro está em cuidar da vida com indiferença a Deus, o Criador de todas as coisas. Foi o que a humanidade fez na época de Noé e está fazendo mais uma vez. 

É exagero dizer que a humanidade, hoje, está vivendo de modo parecido com a humanidade da época de Noé?

Leia as duas profecias abaixo e tire suas conclusões.

PROFECIA DE SÃO PEDRO:

“Sabei, antes de tudo, o seguinte: nos últimos tempos, virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo as suas próprias concupiscências”. (2Pd 3,3)


PROFECIA DE SÃO PAULO:

Nota bem o seguinte: nos últimos dias, haverá um período difícil.
Os homens se tornarão egoístas,
avarentos,
fanfarrões,
soberbos,
rebeldes aos pais,
ingratos,
malvados,
desalmados,
desleais,
caluniadores,
devassos,
cruéis,
inimigos dos bons,
traidores,
insolentes,
cegos de orgulho,
amigos dos prazeres e não de Deus,
ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade.
Dessa gente, afasta-te! Deles fazem parte os que se insinuam jeitosamente pelas casas e enfeitiçam mulherezinhas carregadas de pecados, atormentadas por toda espécie de paixões, sempre a aprender sem nunca chegar ao conhecimento da verdade. Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes homens de coração pervertido, reprovados na fé, tentam resistir à verdade.” (2 Tm 3, 1-8)

Estamos vendo que esta lista dada por São Paulo está acontecendo. Mantenhamo-nos firmes na fé, pois a perseverança na fé nos guarda no poder de Deus.

MEDITE EM SUAS ORAÇÕES E MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA DIZENDO A SI MESMO:
A fé me guarda no poder de Deus.

Quem fala sobre esse mistério da fé nos guardar no poder de Deus, é São Pedro, o primeiro Papa, o homem sobre quem Jesus, Nosso Senhor e Salvador, fundou Sua Igreja.

Ele diz:

“…para vós que sois GUARDADOS PELO PODER DE DEUS, POR CAUSA DA VOSSA FÉ, para a salvação que está pronta para se manifestar nos últimos tempos”. (I Pd 1, 5)

VOLTANDO AO INÍCIO

A humanidade da época de Noé ficou prisioneira do dilúvio da mentira. A prisão na mentira os levou ao confronto com a verdade. Satanás é o pai da mentira. Deus é a verdade.

Amando a mentira, a humanidade odiou a verdade. Odiar a verdade é odiar e desprezar a Deus. A indiferença a Deus manteve a humanidade presa na mentira até o dilúvio chegar e matar a todos.

Se você estivesse vivo na época de Noé, você creria na pregação dele?

PARA VOCÊ PENSAR:

SE QUISER, RESPONDA ÀS DUAS PERGUNTAS ABAIXO NOS COMENTÁRIOS. SUA RESPOSTA PODE FAZER BEM ÀS ALMAS.

Pergunta – 1 – Chegamos ao início do fim dos tempos?
Pergunta – 2 – Se chegamos, o que devemos fazer nestes tempos finais para nos salvarmos?

Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos e nos abençoe mais.
J.V.

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