BÊNÇÃO DOS SINOS

RITUAL ROMANO

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REFORMADO POR DECRETO DO CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II
E PROMULGADO POR AUTORIDADE DE S.S. O PAPA JOÃO PAULO II


CELEBRAÇÃO DAS BÊNÇÃOS

CAPÍTULO XXX

BÊNÇÃO DOS SINOS


PRELIMINARES

  1. É costume antigo convocar o povo cristão e adverti-lo dos principais acontecimentos da comunidade local por meio de algum sinal ou som. O toque dos sinos exprime de algum modo os sentimentos do povo de Deus, quando exulta ou chora, quando dá graças ou suplica, quando se reúne e manifesta o mistério da sua unidade em Cristo.
  1. Em virtude da íntima relação que os sinos têm com a vida do povo cristão, foi-se impondo o costume, que felizmente se conserva, de os benzer antes de serem colocados no campanário.
  1. Convém suspender ou colocar em lugar adequado o sino que vai ser benzido, de tal modo que, se for conveniente, possa andar-se à volta dele e pô-lo a tocar.
  1. Conforme as circunstâncias do momento e do lugar, a bênção dos sinos faz-se em dia festivo, fora ou dentro da igreja, com a celebração adiante descrita nos nn. 1037-1050. Mas se parecer oportuno realizar a bênção dentro da Missa, a bênção faz-se depois da homilia, observando o que se diz no n. 1051.
  1. Este rito de bênção pode ser utilizado pelo presbítero, que, respeitando a sua estrutura e os seus elementos principais, pode sempre adaptar alguns elementos às circunstâncias das pessoas e do lugar. Se, como é desejável, o Bispo presidir à celebração, serão feitas as devidas adaptações.

CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO

RITOS INICIAIS

  1. Reunida a assembleia, é conveniente cantar um cântico apropriado. Terminado o cântico, o celebrante diz:
    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
    Todos se benzem e respondem:
    Amém.
  1. Depois o celebrante saúda os presentes, dizendo:
    A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai, que nos reúne na sua Igreja, e a comunhão do Espírito Santo, estejam convosco.
    ou outras palavras apropriadas, de preferência tomadas da Sagrada Escritura. O povo responde:
    Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
    ou de outro modo apropriado.
  1. Então o celebrante dirige umas breves palavras aos fiéis, preparando-os para a celebração e explicando o seu significado. Poderá fazê-lo com estas palavras ou outras semelhantes:
    Hoje é para nós um dia de festa, porque esta igreja é dotada de novos sinos, o que nos dá uma ocasião oportuna para bendizer a Deus nesta celebração. De facto, os sinos estão de certo modo intimamente relacionados com a vida do povo de Deus: o toque dos sinos assinala os tempos de oração, reúne o povo para as celebrações litúrgicas, adverte os fiéis quando se dá um acontecimento importante que é motivo de alegria ou de tristeza para esta parcela da Igreja (esta cidade; esta povoação) ou para alguns dos seus fiéis.
    Participemos com sincera devoção neste rito sagrado, para que, durante toda a nossa vida, ao ouvirmos o som dos sinos, recordemos que formamos todos uma só família e, obedecendo ao seu chamamento, nos reunamos todos, como sinal visível da nossa unidade em Cristo.

LEITURA DA PALAVRA DE DEUS

  1. O leitor ou um dos presentes ou o próprio celebrante lê um texto da Sagrada Escritura, tomado dos que a seguir se propõem:
    Mc 16, 14-16.20: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”

    Escutai, irmãos, as palavras do santo Evangelho segundo São Marcos:

    Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado dos mortos.
    E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado”.
    Eles partiram a pregar por toda a parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.
  1. Ou
    Num 10, 1-8.10: «Faz duas trombetas de prata»
    Apêndice, pag. 591.

    1 Cron 15, 11-12.25-28; 16, 1-2: «Trasladaram a arca da aliança do Senhor com grande júbilo, ao som de tubas e trombetas»
    Apêndice, pag. 598.

    Is 40, 1-5.9-11: «Levanta bem alto a tua voz, tu que anuncias boas novas a Jerusalém»
    Apêndice, pag. 616.

    Actos 2, 36-39.41-42: «A promessa é para vós e para todos os que o Senhor chamar»
    Apêndice, pag. 621.

    Mt 3, 1-11: «Apareceu João a pregar: Está perto o reino dos Céus»
    Apêndice, pag. 651.

    Mc 1, 1-8: «Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor»
    Apêndice, pag. 657.
  1. Conforme as circunstâncias, pode dizer-se ou cantar-se um salmo responsorial ou outro cântico apropriado:
    Salmo 28 (29), 1-3.5.7-11 (R. 4a. 9b)


    R. A voz do Senhor é poderosa:
    no templo do Senhor todos clamam: Glória!


    Tributai ao Senhor, fi lhos de Deus,
    tributai ao Senhor glória e poder.
    Tributai ao Senhor a glória do seu nome,
    adorai o Senhor com ornamentos sagrados. R.

    A voz do Senhor ressoa sobre as águas,
    a majestade de Deus faz ecoar o seu trovão.
    A voz do Senhor derruba os cedros,
    o Senhor derruba os cedros do Líbano. R.

    A voz do Senhor faz saltar chamas de fogo
    a voz do Senhor abala o deserto.
    A voz do Senhor retorce os carvalhos, varre as fl orestas,
    e no seu templo todos clamam: Glória! R.

    Sobre as águas do dilúvio senta-Se o Senhor,
    o Senhor senta-Se como Rei eterno.
    O Senhor dá força ao seu povo,
    o Senhor abençoa o seu povo na paz. R.

    ou Salmo 150, 1-5 (R. 2b)

    R. Louvai o Senhor pela sua infi nita majestade.
    Salmo no n. 164, pag. 64.
  2. Conforme as circunstâncias, o celebrante faz uma breve alocução aos presentes, explicando a leitura bíblica, para que compreendam à luz da fé o significado da celebração e a finalidade dos sinos.

PRECES

  1. Conforme as circunstâncias, segue-se a oração comum. Das invocações que a seguir se propõem, o celebrante pode escolher as que parecerem mais apropriadas ou acrescentar outras mais directamente relacionadas com as circunstâncias dos presentes e do momento.

Elevemos as nossas súplicas a Deus Pai, que quer reunir na sua Igreja todos os povos, e digamos numa só voz:

R. Reuni na vossa Igreja todos os povos da terra

Senhor nosso Deus,
que nunca deixais de nos chamar à unidade,
para que animados pelo mesmo Espírito,
percorramos o único caminho da salvação: R.

Senhor nosso Deus,
que quereis fazer de nós, vosso povo,
o testemunho perfeito da vossa presença entre os homens: R.

Senhor nosso Deus,
que nos ensinais a participar
nas tristezas e nas alegrias dos nossos irmãos,
para que a nossa caridade seja mais verdadeira: R.

Senhor nosso Deus,
que hoje encheis de alegria espiritual
a nossa assembleia (comunidade),
para que a todos anuncie o mistério da redenção: R.

Segue-se a oração de bênção, como adiante se indica.

  1. Se não se dizem as preces, antes da oração de bênção o celebrante convida os fiéis à oração para pedir o auxílio divino, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:

    Com a nossa oração fervorosa, elevemos os nossos louvores e súplicas a Deus nosso Pai, que nos reuniu neste lugar.

    Conforme as circunstâncias, todos oram em silêncio durante algum tempo.

ORAÇÃO DE BÊNÇÃO

  1. O celebrante, de braços abertos, diz a oração de bênção:

    Nós Vos bendizemos, Senhor, Pai santo, que enviastes o vosso Filho ao mundo, para que os homens, dispersos pelo pecado, fossem reunidos pelo seu sangue derramado e, formando um só rebanho sob um só pastor, por Ele fossem conduzidos e alimentados.
    Escutai, Senhor, as nossas súplicas e fazei que, ao ouvirem o chamamento dos sinos, os vossos fiéis acorram à igreja com prontidão e alegria e, perseverando no ensino dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fracção do pão e nas orações, sejam um só coração e uma só alma, para louvor da vossa glória.
    Por Nosso Senhor.
    R. Amém.
  1. Ou
    Deus todo-poderoso e eterno, que desde as origens do mundo fizestes ouvir a vossa voz, convidando o homem a participar na vida divina, ensinando-lhe realidades inefáveis e apontando-lhe o caminho da salvação; Senhor, que ao vosso servo Moisés mandastes tocar as trombetas de prata para reunir o povo;
    Senhor, que permitis na vossa Igreja o uso dos sinos de bronze para convidar o povo à oração: abençoai + este novo sino e fazei que todos os vossos fiéis, ao ouvirem o som da sua voz, elevem para Vós os seus corações e, participando nas alegrias e tristezas dos seus irmãos, acorram prontamente à igreja, para que aí possam sentir a presença de Cristo, escutar a vossa palavra e apresentar-Vos as suas súplicas.
    Por Nosso Senhor.
    R. Amém.
  1. Depois da oração de bênção, o celebrante, conforme as circunstâncias, asperge com água benta os sinos e incensa-os. Entretanto canta-se a antífona seguinte com o salmo 149, ou outro cântico apropriado.

    Ant. Cantai ao Senhor,
    bendizei o seu nome. Aleluia.

    Salmo 149, 1-5.9b

    Cantai ao Senhor um cântico novo,
    cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
    Alegre-se Israel no seu Criador,
    rejubilem os filhos de Sião em seu Rei. Ant.

    Louvem o seu nome com danças,
    cantem ao som do tímpano e da cítara,
    porque o Senhor ama o seu povo,
    coroa os humildes com a vitória. Ant.

    Exultem de alegria os fiéis,
    cantem jubilosos em suas casas:
    em sua boca os louvores de Deus.
    Esta é a glória de todos os seus fiéis. Ant.

    Glória ao Pai e ao Filho
    e ao Espírito Santo,
    como era no princípio,
    agora e sempre. Amém. Ant.

CONCLUSÃO

  1. O celebrante abençoa o povo, dizendo, com as mãos es tendidas sobre os fiéis:

    O Senhor, que de todos os povos da terra
    formou a sua Igreja una e santa,
    abençoe com a sua bondade e clemência
    todos vós que diligentemente aqui viestes.

    R. Amém.

    Na sua infinita misericórdia Ele vos conceda
    que, ao serdes convocados para a igreja
    pelo toque solene dos sinos,
    escuteis atentamente a sua palavra.

    R. Amém.

    E assim, superada toda a divisão entre os irmãos,
    e amando-nos uns aos outros com sincera caridade,
    celebremos os sagrados mistérios num só coração e numa só alma.
    R. Amém.

    Abençoe-vos Deus todo-poderoso,
    Pai, Filho + e Espírito Santo.

    R. Amém.
  1. Se parecer oportuno, o celebrante e os fiéis fazem ouvir os sinos em sinal de alegria. É conveniente terminar a celebração com um cântico apropriado.
  1. Se a bênção dos sinos se faz dentro da Missa (cf. n.1035), observe-se o seguinte:
    – diz-se a Missa do dia;
    as leituras, exceto nas solenidades, festas e domingos, tomam-se da Missa
    do dia ou das que se propõem nos nn. 1040-1042;

    – a bênção dos sinos faz-se depois da homilia, como se indica nos nn. 1044-1047.

Se você quiser ler o documento completo, você pode baixar através desse link:
https://vocacaodejesus.com/wp-content/uploads/2021/03/Bencaos.pdf


Um comentário em “BÊNÇÃO DOS SINOS

  1. Só agradeço a Deus por suas graças derramadas atravez de nossa igreja e em especial atravez da nossa abençoada vocação de Jesus e por aquele que Deus escolheu p ser canal de graças especiais dentro dela amo esse textodo sino fiquei maravilhada em saber que tão grande bênção e o toque do sino nas igrejas Deus seja sempre amado por todos nós a cada dia 🙏🙏

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