A oração – fonte de força da mulher

VOCAÇÃO DE JESUS!
Deus seja amado com todas as forças de nosso coração e de nossa alma.

06/12/2021

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.Capítulo 01

A FONTE DA FORÇA DO HOMEM E DA MULHER

Ana, mulher de Elcana, era estéril. Ela queria ter filhos, mas sua esterilidade não permitia. Deus sabia do problema de Ana, sabia o que lhe impedia de ter filhos. Deus conhecia a vontade, o desejo de Ana de ser mãe. Ana orava a Deus, mas Deus a fazia esperar. Ele desejava que Ana lhe apresentasse seu desejo de ser mãe junto com uma oração de consagração de seu filho, nascida das profundezas de seu coração. Deus queria essa oração antes que aquele filho existisse no ventre de Ana.

Elcana tinha duas mulheres, Ana e Fenena. Fenena tinha filhos, Ana não tinha. Fenena provocava Ana para que ela murmurasse contra Deus, que a tinha feito estéril. Essa provocação vinda de Satanás através de Fenena, contaminava Ana de tal modo, que Ana chorava e perdia a fome. “Seu marido dizia-lhe: Ana, por que choras? Por que não comes? Por que estás triste? Não valho eu para ti como dez filhos?” (1 Sm 1, 8)

Ana ouviu seu marido e enfrentou as tentações e outras negatividades que lhe perseguiam com a fé e a paz de quem confia no Senhor. Em confronto com a sua amargura, Ana foi chorar no Templo do Senhor. Seu choro não era choro de quem perdeu a esperança, mas choro de uma pessoa humana normal, que sente a sensação ruim da perseguição espiritual das tentações.

Não era choro de uma pessoa triste, que tinha perdido a fé e a esperança. Não era choro de inconformismo, raiva ou desespero. Nem de inveja da outra mulher de seu marido, que tinha filhos. Era o choro de uma mulher que chorava humildemente diante de Deus; que a Ele falava de seus desejos femininos. Ela queria chorar nos braços de seu Pai, que é Deus, e só por Ele ser acalentada. Ela sabia que seu choro era uma oração agradável a Deus, que Deus sentia prazer em recolher suas lágrimas de amor, fé e confiança Nele.

Ana queria que seu Deus a visse chorando, que sentisse seu choro, que chorasse com ela e a abraçasse como um Pai amoroso, que passasse a mão em sua cabeça, que dissesse que a amava, que entendesse o motivo de ela, sua filha, estar chorando.

Ana não estava desesperada porque era estéril. Mais do que querer um filho para ela, Ana queria um filho para consagrá-lo a Deus. Sua humanidade era tentada a não entender porque Deus não lhe dava filhos; mas a atrapalhação da tentação que tentava excitar as fraquezas de sua carne não vencia a fé e confiança que Ana tinha em seu Deus.

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.Capítulo 02

DESPREZANDO A TENTAÇÃO

Sentindo a tentação, o que Ana fazia? Ana desprezava a tentação e a sua fraqueza humana. Não se deixava confundir por elas.

Ela discernia bem entre sentir a tentação e permitir a tentação; entre ouvir a tentação e não querer ouvir o que ela diz; entre ficar lembrado do que a tentação tinha dito e esquecer o que tinha ouvido, tendo como mentira e coisa ruim tudo o que a tentação tinha dito.

Ana não era uma mulher medíocre na fé e na confiança no Deus todo poderoso.

O choro de Ana não era de tristeza, mas de uma mulher que sabia orar com o choro e as lágrimas de um coração tomado pelo sentimento de uma forte esperança em Deus. “Feliz aquele cuja alma não está triste e que não está privado de esperança!” (Eclo 14,2). A alma de Ana não estava abatida pela tristeza, nem privada da esperança, porque humanamente, sendo estéril, não podia ter filhos. Pelo contrário, estava confiante no poder de Deus mais do que na capacidade natural das mulheres férteis poderem ter filhos.Ana não estava preocupada com o tempo que passava e a idade que avançava. Ana sabia que Deus dá o frio conforme a roupa, que a bênção de Deus é maior do que o problema humano; que se o tempo passasse e ela fosse envelhecendo, no tempo marcado por Deus para a criança existir no ventre dela, Ele iria renovar seus órgãos e carnes, fazê-la rejuvenescer muitos anos para que o filho no seu ventre não tivesse nenhum problema. Ana sabia que aquele em quem ela esperava e confiava sabe fazer tudo muito bem feito. “É ele que cumula de benefícios a tua vida, e renova a tua juventude como a da águia”. (Sl 102,5)

“É ele que cumula de benefícios a tua vida, e renova a tua juventude como a da águia”.

(Sl 102,5)

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.Capítulo 03

A ORAÇÃO DE ANA

O sacerdote Heli estava sentado numa cadeira à entrada do templo do Senhor. De lá ele vê uma mulher mexendo com seus lábios em palavras silenciosas. É Ana fazendo sua oração.

“Fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição de vossa serva, e vos lembrardes de mim; se não vos esquecerdes de vossa escrava e lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida, e a navalha não passará pela sua cabeça.” (1 Sm 1, 11)

“Prolongando ela sua oração diante do Senhor, Heli observava o movimento dos seus lábios. Ana, porém, falava no seu coração, e apenas se moviam os seus lábios, sem se lhe ouvir a voz. Heli, julgando-a ébria, falou-lhe:

– Até quando estarás tu embriagada? Vai-te e deixa passar o teu vinho.

– Não é assim, meu Senhor, respondeu ela, eu sou uma mulher aflita: não bebi nem vinho, nem álcool, mas derramo a minha alma na presença do Senhor. Não tomes a tua escrava por uma pessoa frívola, porque é a grandeza de minha dor e de minha aflição que me fez falar até aqui.

Heli respondeu:

– Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda o que lhe pedes.

– Encontre a tua serva graça aos teus olhos, ajuntou ela.

A mulher se foi, comeu, e o seu rosto não era mais o mesmo. No dia seguinte, pela manhã, prostraram-se diante do Senhor e voltaram para a sua casa em Ramá. Elcana conheceu Ana, sua mulher, e o Senhor lembrou-se dela. Ana concebeu, e, passado o seu tempo, deu à luz um filho que chamou Samuel; porque, dizia, eu o pedi ao Senhor.” (1 Sm 1, 12-20)

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.Capítulo 04

EIS AQUI O MENINO POR QUEM OREI. O SENHOR OUVIU O MEU PEDIDO.

Ana fica com seu filho até chegar o tempo de desmamá-lo. Então se dirige com seu marido ao Templo e diz a Heli.

“Ouve, meu Senhor, por tua vida, eu sou aquela mulher que esteve aqui em tua presença orando ao Senhor. Eis aqui o menino por quem orei; o Senhor ouviu o meu pedido. Portanto, eu também o dou ao Senhor: ele será consagrado ao Senhor para todos os dias de sua vida. E prostraram-se naquele lugar diante do Senhor.” (1 Sm 1, 26-28)

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.Capítulo 05

ANA FAZ UMA ORAÇÃO APÓS ENTREGAR SEU FILHO A DEUS

Nesta oração, Ana, inspirada pelo Espírito de Deus, diz que o coração dela exulta no Senhor e somente Nele. Fala de modo que convida a todos nós a aprendermos a exultar com o coração no Senhor.

Convida-nos para uma meditação que nos leve a viver tendo nossas forças sempre renovadas no Senhor, ao dizer que no Senhor as suas forças sempre se renovam.

Quando diz que ao se alegrar na salvação de Deus sua boca desafia os adversários, somos convidados a nos alegrarmos na salvação de Deus, para não termos em nós palavras de medo por causa dos adversários.

A oração de Ana nos convida a vigiarmos nosso coração em relação ao orgulho, para não sair de nossas bocas palavras arrogantes. Ela nos lembra que Deus tudo vê e sabe; que Ele pesa os corações; que Deus quebra as forças dos orgulhosos e reveste de vigor os humildes; que os ricos orgulhosos terão de se assalariar para poder comer, enquanto que os famintos serão saciados.

Ana afirma que a estéril que confia em Deus dará à luz a muitos filhos, enquanto a mulher mãe de muitos filhos que não confia em Deus enlanguesce, debilita-se com doenças, perde as forças, empalidece.

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.Capítulo 06

VIDA E MORTE. EMPOBRECER E ENRIQUECER. OS PASSOS DOS FIÉIS. ÍMPIOS SEM RUMO. DEUS TROVEJA, JULGA, DÁ SUA FORÇA.

É muito importante pensar sobre o que Ana fala no versículo seis sobre a vida e a morte. Os versículos sete e oito falam sobre Deus empobrecer e enriquecer. O versículo nove fala sobre Deus que dirige os passos de seus fiéis e deixa os ímpios perecerem sem sua condução. O versículo dez fala sobre os adversários que são esmagados, sobre Deus que troveja, sobre Deus que tudo julga, sobre Deus que dá força ao seu rei e o engrandece em poder. Vamos ler sem pressa a oração que o Espírito de Deus colocou no coração de Ana.

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.Capítulo 07

POR QUE DEUS FEZ ANA NASCER ESTÉRIL?

Um dos motivos de Deus ter feito Ana nascer estéril, era por causa do filho que ela iria ter. Sem sua esterilidade, Ana não teria a oportunidade de fazer orações das profundezas de sua alma diante de Deus. Deus queria esse tipo de oração de Ana, pois seu filho precisaria delas, seu filho seria o profeta Samuel.

Por causa de sua missão, Samuel precisaria receber de sua futura mãe orações fortes, poderosas, sinceras, verdadeiras, orações cheias de fé, confiança e esperança, orações em forma de choro e lágrimas de uma futura mãe que está com todos os seus sentimentos e pensamentos absorvidos pela esperança em Deus.

Orações, estas, que fariam da alma e do corpo de Ana, um corpo e uma alma espirituais, trabalhados por Deus; um corpo adequado para receber, cuidar e preparar a criança que seria gerada e viveria em seu ventre. Tais orações já iriam modelando e transmitindo toda uma hereditariedade espiritual e mental necessária à missão que a futura criança teria na terra.

A hereditariedade que Ana transmitiria a seu filho Samuel, não seria apenas a cor dos olhos, que Samuel poderia herdar de seu avô; nem a cor do cabelo de sua avó; nem o formato do nariz de seu pai; nem as próprias orelhas de Ana.

Essa hereditariedade física não teria importância para a missão de Samuel, a hereditariedade importante seria a tranquilidade; o bom caráter; o bom temperamento; o espírito de boa vontade, humildade, coragem, sensatez; o espírito de amor, temor, zelo e fé no único e verdadeiro Deus, que seriam transmitidos por Ana. Para essa transmissão, Ana deveria lutar contra todas as suas fraquezas humanas, psicológicas e espirituais; deveria lutar contra si mesma, vencer-se, dominar-se, disciplinar-se para, por este comportamento, ser a maior e principal professora de vida de seu filho, que ainda estava em seu ventre.

Seu filho estava dentro dela sentindo muito do que sua mãe sentia; alegrando-se quando ela se alegrava, ou entristecendo-se quando ela se entristecia; vencendo a raiva ou se deixando dominar por ela; tendo bons ou maus pensamentos; mantendo a fé, a calma, a paz diante de problemas; ou perdendo a fé, a calma, a paz por causa dos problemas; vencendo os maus sentimentos ou se deixando vencer por eles. Não em 100%, mas o comportamento da mãe estava ensinando o seu filho a ter o comportamento que ela tinha diante das situações boas e ruins da vida.

Se Ana procurava ter no coração e nos pensamentos somente o que é bom (como o Apóstolo São Paulo aconselharia séculos depois), Ana, então, estava transmitindo a Samuel uma hereditariedade mais cheia de pontos positivos do que negativos. 

E qual foi o conselho de São Paulo?

Foi esse:

.Capítulo 08

FUTURAS MAMÃES, E JOVENS, E SENHORAS JÁ GRÁVIDAS!

Grande é a responsabilidade de gerar filhos no ventre. Porém, junto a você está Deus, que é maior do que a responsabilidade nos cuidados da criança, pois é o Criador de toda a vida! Junto a você está Nossa Senhora, Mãe de todos os filhos de Deus! E ainda o Anjo da Guarda, com a missão de ser o leal protetor da criança durante toda a sua vida.

Sobre a genitora, está o amor, o sentimento prazeroso de ser mãe do bebê que começou sua vida a partir do momento da concepção, desenvolvendo por oito semanas sua vida como um embrião, depois como um feto até o fim da gestação. Tornando-se, depois, a linda criança que será alimentada carinhosamente nos seios maternos. 

Essa vida tem muita importância para Deus, senão ele não a teria criado. Sendo assim, primeiro por amor a Deus, depois por amor a criança que cresce no ventre, todas as mães devem ter:

– vida de oração,

– vida de meditação na leitura da Palavra de Deus,

– vida de leitura da vida dos santos,

– vida de reza diária do Santo Rosário,

– vida de confissão,

– vida de Comunhão do Corpo e Sangue de Cristo na Santa Missa,

– vida de exame de consciência para renunciar e lutar contra seus pecados e fraquezas humanas, com a intenção de se vigiar para não transmitir hereditariedades humanas e espirituais ruins à vida que está em seu ventre.

AS DUAS ORDENS DE DEUS À PROVIDÊNCIA DIVINA EM RELAÇÃO ÀS GRÁVIDAS

Se você está grávida, ou se um dia vai ficar, saiba que Deus cuida das grávidas de um modo muito especial, ordenando que a Providência Divina nada deixe faltar de tudo o que for necessário à vida, não somente da criança, mas da família onde ela vai nascer.

A segunda ordem à Providência Divina é que, no dia do nascimento da criança, ela traga para si e para a sua família, do depósito de bênçãos espirituais e materiais da vontade de Deus, todas as bênçãos que não podem faltar a ela, a seus pais e a seus irmãos.

Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos a todos.

J.V.