Manassés, rei de Judá, o que impediu sua condenção ao inferno?

VOCAÇÃO DE JESUS!
Deus seja amado com todas as forças de nosso coração e de nossa alma.

28/03/2022

Manassés foi pai de Amon e avô de Josias. Os três foram reis de Judá. Amon amou o mal. Josias, seu filho, foi um bom, humilde e justo homem, temente a Deus. Porém, foi pego de surpresa por uma decisão impensada e foi morto.

O QUE PODEMOS APRENDER COM A DECISÃO IMPENSADA DO REI JOSIAS?

Esse honesto servo de Deus, citado por São Mateus (Cf. Mt 1, 10) na genealogia de Jesus, foi Josias. Foi o 16º rei de Judá, era neto de Manassés, que fez um mau governo, por não ter temor de Deus. Deus o castigou. Pelo castigo, Manassés não se orgulhou; antes se humilhou diante de Deus. Vejamos como foi.

Manassés fez coisas absurdas contra Deus; seus pecados mortais foram numerosíssimos.

Ele levou muita gente para o afastamento de Deus, arrastando todos para o pecado. Mas apesar de todo o mal que fez, ele não foi desprezado por Deus. Por quê? Vejamos o motivo:

“Manassés arrastou Judá e os habitantes de Jerusalém a exceder em malícia todas as nações que o Senhor tinha aniquilado diante dos israelitas. Falou, então, o Senhor a Manassés e a seu povo, mas eles não lhe deram atenção. O Senhor fez, então, vir contra ele os generais do rei da Assíria, os quais puseram Manassés em ferros, prenderam-no com uma dupla cadeia de bronze e levaram-no para Babilônia.

Na sua angústia ele implorou ao Senhor, seu Deus, e se humilhou profundamente diante do Deus de seus pais. Ele dirigiu-lhe uma prece e o Senhor ouviu sua oração, reconduzindo-o a Jerusalém sobre seu trono. Manassés reconheceu desse modo que o Senhor era verdadeiramente Deus.”

(2 Cr 33, 9-13)

Tendo recebido o trono de volta, Manassés se envolveu totalmente em seu arrependimento. Passou a viver e a se comportar como verdadeiro filho de Deus, vigiando-se para não mais pecar contra Deus. Deus o abençoou e o protegeu durante todos os dias de sua vida, porque ele soube aproveitar bem a segunda chance que Deus lhe deu. Pelo resto de sua vida, Manassés viveu dando o melhor de si para o Senhor. Manassés morreu em paz, e seu filho Amon reinou em seu lugar.

“Amon tinha a idade de vinte e dois anos quando começou a reinar; reinou dois anos em Jerusalém. Fez o mal aos olhos do Senhor, como seu pai Manassés, sacrificando e rendendo culto a todos os ídolos levantados por seu pai.

Mas não se humilhou diante do Senhor como ele; pelo contrário, sempre multiplicou seus delitos. Seus servos se conjuraram contra ele, e o mataram na sua própria casa. Mas o povo da terra feriu os conjurados e proclamou rei em seu lugar, seu filho Josias.”

(2 Cr 33, 21-25)

JOSIAS OBEDECEU AOS MANDAMENTOS DE DEUS SEM SE DESVIAR, NEM PARA A DIREITA, NEM PARA A ESQUERDA.

“Josias tinha a idade de oito anos quando começou a reinar; reinou trinta e um anos em Jerusalém. Fez o bem aos olhos do Senhor, seguindo as pegadas de Davi, seu pai, sem se afastar nem para a direita, nem para a esquerda. No oitavo ano de seu reinado, quando ele era ainda criança, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai, e no duodécimo ano, começou a limpar Judá e Jerusalém.”

(2 Cr 34, 1-3)

Josias mandou que todos os altares profanos e suas imagens, que eram ídolos de falsos deuses, fossem destruídos. Ele mesmo participou de muitas destas destruições. Organizou a restauração do Templo do Senhor Deus; escolheu os homens responsáveis pela coleta de dinheiro para esta restauração.

YHWH (Yahweh), o Nome de Deus, é composto de quatro letras, quatro consoantes hebraicas, YHWH.

ENTÃO JOSIAS CONVOCOU TODOS OS ANCIÃOS DE JUDÁ E DE JERUSALÉM

“Ele próprio subiu ao templo, seguido de todos os anciãos de Judá e Jerusalém, os sacerdotes, os levitas e todo o povo, desde o maior até o menor. E fez-lhes uma leitura integral do livro da aliança, encontrado no templo do Senhor.

O rei, de pé num estrado, fez, na presença do Senhor, um pacto no qual se comprometia a seguir o Senhor, a guardar seus mandamentos, suas ordens e seus preceitos, de todo o coração e de toda a sua alma, e a pôr em prática todas as palavras da aliança escrita no livro.

Fez com que aderissem todos os que se encontravam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de Jerusalém fizeram segundo a aliança de Deus, do Deus de seus pais.

Josias fez, desse modo, desaparecer as abominações de toda a terra dos israelitas e impôs a todos que lá se encontravam que servissem o Senhor, seu Deus. Enquanto ele viveu, não se afastaram do Senhor, Deus de seus pais.”

(2Cr 34, 29-33)

Em seu fervor a Deus, Josias orientou e organizou os Levitas em como deveriam servir devidamente o Senhor Deus. Foi ele que providenciou a celebração da Páscoa em 14 de nisã.

“Nenhuma Páscoa semelhante a esta havia sido celebrada em Israel desde o tempo do profeta Samuel. Nenhum rei de Israel tinha celebrado uma Páscoa semelhante àquela que celebraram Josias, os sacerdotes e os levitas, como todo o Judá, todos os de Israel que estavam presentes e todos os habitantes de Jerusalém.”

(2 Cr 34, 18)

Por mais fiel que seja um homem diante de Deus.

Por mais que ame seu Senhor.

Por mais que sinceramente só queira fazer a vontade de seu Criador, ele não pode deixar de perguntar a Deus o que é ou não é vontade Dele.

Todo o que ama a Deus tem necessidade de orar e de se vigiar em todos os detalhes de sua vida, não somente nas coisas mais importantes, mas também no corriqueiro da vida. Quem, em sua vida espiritual e material, só valoriza o que, por si mesmo, considera importante, sem se fundamentar na Palavra de Deus, não sabe o que é importante; pensa que o importante são as coisas grandiosas, porque a seu ver são as melhores; mas Deus escondeu as coisas mais importantes e grandiosas na virtude da humildade, não no mundo, nem no modo de pensar do homem. 

“Meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor.” (Is 55,8) 

“Tímidos são os pensamentos dos mortais, e incertas as nossas concepções.” (Sb 9,14) 

A humildade enxerga as grandes importâncias; enxerga as pequenas coisas das grandes importâncias; enxerga as grandes importâncias das pequenas coisas; porque, vindo de Deus, nada é pequeno. A humildade não é cega, porque primeiro ama e teme a Deus, depois do amor e temor é que consegue enxergar os importantes mínimos detalhes das grandes coisas. 

“Eu não preciso crescer. Pelo contrário, preciso ser pequena, me ‘apequenar’ cada vez mais.”

(Santa Teresinha)  

O pensamento vaidoso do homem que, sem temor de Deus, quer ser grande coisa na terra; vê a grandeza das obras de Deus na terra e se perde nelas. É por isso que há quem adore sua vida, seus planos pessoais, seu trabalho, o sol, a lua, as estrelas, o mar, os rios, as belas paisagens da natureza, e não seu Criador. Estas são as pessoas que “extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato” (Rm 1,21).

O que há de errado na confiança em Deus? Nada.

O que há de errado no senso de dever? Nada.

Mas os dons de Deus são tão superiores a nós, que se não orarmos e vigiarmos sempre, podemos nos atrapalhar com eles; não por causa deles, mas por causa do pecado em nós. “Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal”. (São Paulo – Rm 7,21)

Josias não era um homem insensato, orgulhoso; era humilde e sincero com Deus. Mas sua boa intenção e senso de dever de defender do invasor seu país, seu povo, o fez agir com aquela impulsiva imprudência e orgulho que existe em todo ser humano; aquele orgulho que, por causa do pecado original, tornou-se uma deficiência no homem.

Essa deficiência fez Josias agir impensadamente, sem refletir; a deficiência foi um obstáculo para ele usar a inteligência; a deficiência o impediu de perguntar a Deus se Necao falava por ele mesmo ou por Deus.

Necao II foi faraó do Egito. Por ordem de Deus, ele foi, em uma expedição militar, lutar contra Carcames, junto do Eufrates. Para isso, entrou no território israelita a fim de atravessá-lo. Ao saber que o território israelita tinha sido invadido, Josias foi de encontro aos invasores, encontrando-se com eles na colina de Megido.

“Necao enviou-lhe mensageiros para dizer-lhe:

– Que queres tu, rei de Judá? Não vou contra ti hoje, mas contra uma dinastia com a qual estou em guerra. E disse-me Deus que me apressasse. Guarda-te de te opores a Deus, que está comigo, pois Ele te deitará a perder.

Mas Josias não quis voltar atrás. Em lugar de ouvir as palavras de Necao, que vinham da própria boca de Deus, disfarçou-se para combater e entrou em batalha na planície de Megido. Arqueiros dispararam contra o rei Josias. Então o rei disse à sua gente:

– Levai-me; estou gravemente ferido.

Seus homens tiraram-no do carro, colocaram-no em outro carro que havia lá, e o levaram para Jerusalém, onde morreu. Foi sepultado no sepulcro de seus pais. Josias foi pranteado por todos os habitantes de Judá e de Jerusalém.”

(2 Cr 35, 21-24)

Josias entendia que era seu dever defender o território de Judá e seu povo. Estava evidente, pela situação, que era a coisa certa a fazer; era o mais importante a fazer. Seu senso de dever era nele uma necessidade, uma responsabilidade da qual não poderia fugir; era seu pensamento e sentimento.

Josias ocupou alma, coração e mente do que considerava o certo a fazer. De tal forma se fixou nessa decisão, que esqueceu da necessidade de todo homem: esqueceu de se acalmar interiormente e ir orar, jejuar, perguntar a Deus qual era a vontade Dele.

Qual é essa necessidade?

A necessidade de todo homem não é somente amar a Deus, é também saber qual é a vontade de Deus.

É buscar a vontade de Deus.

É desejar que a vontade de Deus seja feita na terra como ela é feita no Céu.

É fazer a vontade de Deus.

É se apresentar diante do Criador de todas as coisas, fazendo perguntas e pedidos em tudo o que diz respeito à necessidade que se apresenta em nossas vidas. 

“Nós apresentamos as nossas petições diante de Deus, não para darmos a conhecer a Ele as nossas necessidades e desejos, mas para que nós mesmos possamos perceber que nestas coisas é necessário recorrer a Deus para obter ajuda.”

(Santo Tomás de Aquino)

A paciente humildade é aquela que se origina em Deus; no coração de quem confia Nele. A história de Josias nos ensina que devemos vigiar nossa confiança em Deus.

Para quê?

Para que não confiemos em nossos impulsos de coragem e senso de dever, pensando que estamos confiando em Deus e fazendo a vontade Dele.

Todas as pessoas têm deveres para cumprir.

A responsabilidade faz as pessoas cumprirem seus deveres.

O senso de dever é um dom de Deus nas pessoas. Esse dom faz as pessoas tenderem para fazer o que deve ser feito. Mas, todo cuidado é pouco! Pois a impulsividade em fazer o que julgava ser o certo a fazer, fez Josias, inconscientemente, ir contra a vontade e os desígnios de Deus. A impulsividade de uma boa pessoa pode impedir de ela se perguntar sinceramente se está certa ou errada.

PENSEMOS!!!

Quanto a mim!!!???

• Será que meu senso de dever e minha responsabilidade estão me fazendo me opor aos desígnios de Deus, sem que seja minha intenção?
• Será que estou atacando a Igreja ou aos homens da Igreja, indo contra os desígnios de Deus, pensando que estou defendendo a Igreja e fazendo a vontade de Deus?
• Moisés matou um egípcio porque achou que era seu dever defender sua raça. Nesse ato ele errou.
• Pedro achou que defenderia Jesus, atacando os soldados e chegando a cortar a orelha de um deles.
• Paulo perseguia os cristãos porque era profundo conhecedor da lei de Moisés.
• Judas Iscariotes achou que era seu dever entregar Jesus. Ele estava errado.
• Nero achava que era seu dever proteger Roma dos cristãos, matando cristãos. Ele estava errado.
• Martinho Lutero achou que era seu dever salvar a Igreja do Papado. Ele estava errado.

QUESTIONEMO-NOS!

• Devemos nos questionar sem medo de encontrar erros em nós.
• Sem medo de encontrar monstros dentro de nós.
• Sem medo de vermos que não somos aquela pessoa boa, com poucos defeitos, que pensávamos que éramos.
• Cacemos o mal dentro de nós, com o objetivo de nos livramos dele antes que fiquemos possuídos por ele.
• Peçamos a Deus que nos ajude na caçada que temos de fazer dentro de nós.
• Não tenhamos medo de Deus quando, junto com Ele, encontramos coisas ruins que não sabíamos que existiam em nós. Ele quer nos perdoar e nos dará seu perdão assim que confessarmos nossos pecados.
• Não cacemos o mal dentro de nós com benevolência de caçador pela caça; cacemos o mal para ver onde ele está escondido; onde gosta de se esconder dentro de nós. Cacemos o mal dentro de nós com ódio. 

Ódio!!!??? 

Sim, ódio. 

Você ama ou odeia o mal? Para onde você direciona seu ódio: para o bem ou para o mal? O ódio é um profundo sentimento de inimizade. Há quem tenha ódio de Jesus Cristo; isso é sentimento de inimizade para com Jesus Cristo. 

“Não é o ódio em si que é errado, mas sim odiar a coisa errada.” (Venerável Fulton Sheen) 

Se temos medo ou má vontade de procurar dentro de nós o que pode estar indo contra os desígnios de Deus, o Diabo tirará proveito desse orgulho e nos cegará o quanto puder. Quando o Diabo cega uma pessoa, ela fica impedida de pensar com raciocínio lógico, de entender a verdadeira vida espiritual, pois o Diabo a prende na ideologia espiritualista, de modo que ela não queira largar os pontos de vista e opiniões que formou sozinha ou recebeu de alguém.

NÃO CONFIEMOS EM NÓS MESMOS POR CAUSA DA POUCA CONFIANÇA EM DEUS

• Por mais que Deus esteja com uma pessoa.
• Por mais abençoada que ela esteja sendo por Deus.
• Por mais sinceridade e boa vontade que tenha em seu coração.
• Por mais amor que ela tenha a Deus.

Por mais que não sinta acusações da consciência em pecados mortais, essa pessoa deve sempre ter a PACIENTE E VIGILANTE HUMILDADE, para em tudo procurar Deus e perguntar qual é a vontade Dele; pois se assim não fizer, o pior pode acontecer; como aconteceu com Josias, o defensor das Leis de Deus, que, sem ter a intenção, foi contra a vontade de Deus ao não escutar Necao que estava sendo instrumento da Justiça Divina para castigar os habitantes de uma região, porque seus pecados tinham chegado ao Céu.

Sondemos nossos pensamentos, “porque é do coração que provêm os maus pensamentos…”. Os maus pensamentos podem ser de coisas pequenas, mas também podem vir coisas piores do que os pequenos maus pensamentos. Podem vir pensamentos de “homicídios, adultérios, impurezas, furtos, os falsos testemunhos, as calúnias”. (Mt 15,19)

Peçamos a Deus a graça de não ter medo de perder a vida por causa de Jesus. Peçamos a coragem de viver para Jesus e de não viver para o mundo. “Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á”. (Jesus Cristo em Mc 8,35).

Nós, seres humanos, somos fracos. Todos precisamos pedir a Deus tudo o que precisamos. Três tipos de pessoas estão fazendo pedidos a Deus:

1º – Muitos estão pedindo o que mais lhes interessa: a saúde, a beleza do corpo físico, a riqueza e a prosperidade para viver bem nesta vida. Não estão preocupados em salvar suas almas. Da Bíblia, eles acreditam só no que querem acreditar. Acreditam em uma energia que chamam de deus, no amor e perdão dele. Não acreditam nem temem ir para o inferno após a morte pela vida que levam. Dizem que deus, a energia cósmica, é amor, não castiga ninguém, no fim vai perdoar todo mundo. Dizem eles: Vivamos a vida, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!” (Is 22,13)

2º – Outros acreditam no inferno e não querem ir para lá após a morte. Pedem a salvação da alma, fazem orações, confessam seus pecados ao Padre, vão à Missa, comungam, gostam de eventos espirituais, admiram os pensamentos dos santos, mas se preocupam em buscar a beleza do corpo físico, saúde, riqueza e prosperidade material para viver bem nesta vida. Neles não há um forte esforço para oração pessoal e viver bem a vida espiritual unida a Deus. “O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa”. (Mt 13,22)

3º – Um menor grupo quer amar a Deus e ir para o Céu após a morte. Eles pedem a Deus o que é necessário para a vida humana, mas sobretudo pedem o que lhes é necessário para a salvação.

Pedem para crescer em amor e fé em Deus.

Pedem que o Espírito Santo os santifique.

Pedem para serem livres do maligno e não cairem em tentação.

Pedem a coragem de seguir o Salvador; coragem de perder a vida por causa de Jesus e do Evangelho. Sabem que, sem a coragem dada por Deus, ninguém consegue. Por isso oram e pedem o dom da fortaleza, o dom da coragem. “A coragem é quase uma contradição em termos. Significa um forte desejo de viver que toma a forma de uma disposição para morrer” (G. K. Chesterton)

Deus deve ser amado, obedecido, temido, respeitado e reverenciado; porque sua grandeza em amor, providência, inteligência, sabedoria e poderio é insondável; não porque se pense erroneamente que Ele seja um cruel ditador.

Deus é bom o tempo todo, sem poder deixar de ser o que Ele é. Ele é perfeitamente bom. O próprio Jesus, conhecedor da bondade de Deus, reconhecia que Ele, humanamente, “descendente de Davi quanto a carne” (Rm 1, 3), na carne que poderia morrer, não era bom como o Pai é. Um dia um homem chamou Jesus de Bom Mestre. “Jesus disse-lhe: Por que me chamas bom? Só Deus é bom”. (Mc 10,18)

Pensemos!!! 

Se Jesus, que é Deus, estando na carne, não se considerou bom como Deus é bom, qual é o tamanho do nosso orgulho ou cegueira espiritual quando pensamos que somos bons, quando nos sentimos bonzinhos?

Josias amava a Deus verdadeiramente!

E nós?! Amamos a Deus verdadeiramente?

Cada pessoa que ama a Deus, confiando sempre em Sua bondade, deve sempre estar se perguntando se está fazendo a vontade de Deus ou indo contra ela. Essa pergunta deve-se fazer em todas as situações da vida. Sejam situações muito importantes, sejam aquelas corriqueiras, que podem parecer sem importância.

Lembremos que se Deus contou cada cabelo de nossa cabeça, podemos estar enganados em muita coisa que pensamos que não é tão necessário dar importância, mas que Deus quer que consideremos tais coisas em grande importância. Não esqueçamos!!! “Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados”. (Jesus Cristo em Mt 10,30)

Os 30.000.000 de passos que nos fizeram completar a Romaria até a Basílica são importantes; é sinal de perseverança. Mas o passo 1 é também muito importante, pois sem o primeiro passo, não completaríamos os passos necessários para o trajeto da Romaria. No Céu, existe a recompensa do primeiro passo, dos passos seguintes e a recompensa do último passo com o qual cumprimos a vontade de Deus na terra, entregando a Ele nossa alma na hora da morte para nossa entrada na eternidade do Céu.

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Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos a todos.
J.V.