SEM MEDO DE MORRER

VOCAÇÃO DE JESUS!
Deus seja amado com todas as forças de nosso coração e de nossa alma.

30/08/2021

Antes de iniciar a leitura dessa meditação, aconselho você a se preparar interiormente através desse método de RECOLHIMENTO DIANTE DE DEUS.
https://vocacaodejesus.com/meditacao/recolhimento-diante-de-deus/

Padre católico escolhe ficar no Afeganistão, pelo tempo que lhe for permitido por seus superiores, mesmo em meio à perseguição e ao assassinato de cristãos, executados pelos terroristas talibãs.

A CORAGEM, A FÉ E O AMOR A DEUS

Padre Giovanni Scalese

O Padre Giovanni Scalese (Padre Barnabita), à frente da MISSIO SUI IURIS do Afeganistão, pediu à Santa Sé para permanecer no país mesmo em meio à situação atual, celebrando Missas, confessando e realizando os outros Sacramentos para as irmãs missionárias, as crianças órfãs e as demais pessoas necessitadas dos serviços espirituais de um Padre para poderem se salvar em Jesus Cristo.

Mas! 
O que tem de mais em um padre realizar o ministério sacerdotal, se todo Padre é ordenado para esse fim?

A diferença entre ser Padre e exercer as funções sacerdotais no Brasil e fazê-lo no Afeganistão, principalmente agora, que os terroristas talibãs voltaram ao poder, é muito, muito grande!

No Brasil, o Padre não é perseguido e morto por ser Padre. No Afeganistão, sob a ditadura talibã, por ser católico, padre ou leigo, ou mesmo protestante, o cristão é perseguido, preso e morto, ou assassinado na rua, ou dentro da igreja, ou dentro de sua casa, ou em qualquer lugar em que um talibã o encontrar.

Desde 15 de agosto de 2021, os terroristas talibãs tomaram o poder no Afeganistão, e vêm realizando execuções de todos os que consideram inimigos. Com a tomada do país, o Talibã (*movimento radical islâmico que existe há quase 30 anos no Afeganistão e Paquistão) exigiu e aplicou rapidamente a Sharia, a lei islâmica. Além disso, implantou no país um tribunal judicial da verdade, onde julga e condena inimigos; condena à morte pessoas suspeitas de adultério; os acusados por roubo são mutilados, tendo as mãos cortadas, dentre outras medidas tão radicais quanto estas.

Os homens estão sendo obrigados a usar barba. Mulheres não podem ser vistas publicamente sem seus maridos. Todas as mulheres são obrigadas a usar a burca e não podem frequentar a escola.

No mês de maio, antes da tomada do poder, os terroristas talibãs explodiram uma escola feminina matando 50 estudantes. Apesar de não terem se identificado, ficou claro para o mundo que os responsáveis foram os talibãs.

Na ocasião, o Papa Francisco se pronunciou, dizendo: “Rezemos pelas vítimas do atentado terrorista ocorrido ontem, em Cabul. Rezemos por cada uma delas e por suas famílias”. (1)

No Afeganistão, cinema, teatro, shows, televisão, festas e músicas estão proibidos pelos talibãs. Logo na tomada do governo, o porta-voz dos terroristas, Enamullah Samangani, disse que ninguém precisava fugir. Zabihullah Mujahid, outro representante dos talibãs, disse que não haveria vingança contra ninguém e que as mulheres poderiam trabalhar. Os afegãos e observadores de fora não acreditam, pois a forma de governar dos talibãs é igual à dos socialistas comunistas, usam a mentira, a prática de controle, a destruição de reputações, o desarmamento da população, a violência e o genocídio para se manterem no poder.

Em poucos dias de governo terrorista, as promessas foram todas quebradas. Deram ordem de caça aos cristãos: devem ser mortos onde forem encontrados. Qualquer pessoa que abrigar um católico, será morta junto com toda a sua família. Quem for achado com Bíblia de papel, ou no aplicativo no celular, é assassinado por ser católico, por crer em Jesus Cristo. 

Pois bem, é nesse cenário que o Padre Scalese pediu licença a seus superiores para continuar evangelizando como Padre no Afeganistão.

Para tomar essa decisão, sabendo que será morto assim que for encontrado pelos terroristas talibãs, o Padre Scalese agiu com tranquilidade. Por quê? Porque durante anos ele quis e soube viver no mundo, com mais intimidade com Deus do que com o mundo. Vive amando mais a Deus do que o mundo. Vive desejando o Céu mais do que a terra. Sua espiritualidade é feita no carregamento da cruz. 

Por ser fiel ao seu sacerdócio, ele fica indignado com:

  • Padres showman.
  • Padres calça-apertada.
  • Padres que transformam o Sacrifício da Missa em dança, show humano, teatro barato.
  • Padres que pensam que ser Padre é ser igual a todo mundo, pois não compreendem com profundidade a distinção entre Céu e Terra; não compreendendo, não vivem a dignidade do ministério sacerdotal.
  • Padres que se comportam como uma autoridade humana, usando o Nome de Deus, comportamento que os faz perder o dom da mansidão e humildade. Estes são os Padres sem descanso interior, que esqueceram as Palavras de Jesus: “Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas”. (Mt 11,29)
  • Padres que querem ser Bispos, e por esse motivo vivem com o orgulho, o sonho, o desejo, a vaidade de ser Bispo, de ser importante, a ponto de se transformarem em bajuladores de quem pode ajudá-los a conseguirem o que querem; a ponto de, por palavras e atos, sem sinceridade, viverem agradando aos superiores, mais do que agradam a Deus; a ponto de destruírem, sem perceberem, sua espiritualidade, seu amor a Deus, por causa da vaidade do desejo de ser Bispo.

Mau Bispo é o Padre que conseguiu ser Bispo pelo caminho da vaidade, e não pelo caminho da humildade, dos sacrifícios e da santidade. O inferno o espera, se não se arrepender e pedir misericórdia a Deus.

Padre Scalese não quis ser um padre vaidoso e medíocre; não quis se fazer de humilde diante dos homens, e deixar-se dominar pelo orgulho por dentro. Ele procura exemplo de padre em São Pio de Pietrelcina. 

Ele pensa como Santo Agostinho, que escreveu: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.

Ele procura exemplo de vida em gigantes da fé, da espiritualidade, como: 

São Clemente de Roma (†102), Papa de Roma (88-97)
Santo Inácio de Antioquia (†110)
Aristides de Atenas (†130)
São Policarpo de Esmirna (†156)
Pastor de Hermas (†160)
Aristides de Atenas (†160)
São Hipólito de Roma (160-235)
São Justino (†165)
Militão de Sardes (†177)
Atenágoras (†180) O alvorecer da Igreja
São Teófilo de Antioquia (†181)
Orígenes de Alexandria (184-254)
Santo Ireneu (†202)
Tertuliano de Cartago (†220)
São Clemente de Alexandria (†215)
Metódio de Olimpo (séc. III)
São Cipriano de Cartago (210-258)
Novaciano (†257)
São Atanásio de Alexandria (295-373)
São Efrém (306-373)
São Hilário de Poitiers, bispo (310-367)
São Cirilo de Jerusalém, bispo (315-386)
São Basílio Magno, bispo de Cesareia (330-369)
São Gregório Nazianzeno (330-379), bispo
São Ambrósio, bispo de Treves – Itália (340-397)
Eusébio de Cesareia (340)
São Gregório de Nissa (340)
Prudêncio (384-405)
São Jerônimo (348-420), presbítero Strido, Itália
São João Cassiano (360-407)
São João Crisóstomo, bispo (349-407)
Santo Agostinho (354-430), bispo
Santo Epifânio (†403)
São Cirilo de Alexandria (370-442), bispo
São Pedro Crisólogo (380-451), bispo, Itália
São Leão Magno (400-461), papa de Roma – Toscana, Itália
São Paulino de Nola (†431) – Sedúlio (séc. V)
São Vicente de Lerins (†450)
São Pedro Crisólogo (†450)
São Bento de Núrsia (480-547)
São Venâncio Fortunato (530-600)
São Ildefonso de Toledo (617-667)
São Máximo Confessor (580-662)
São Gregório Magno (540-604), Papa de Roma
São Germano de Constantinopla (610-733)
São João Damasceno, bispo de Damasco (675-749)

O amor a Deus do Padre Scalese e o dom da caridade, o fazem ter coragem de ficar em um país que mata católicos, a fim de completar sua missão; sabendo que, se for morto, será por causa de Jesus. Assim espera concluir a missão que lhe foi dada pela Igreja.

POR QUE PADRES COMO O PADRE SCALESE NÃO TEMEM MORRER POR CAUSA DO NOME DE JESUS?

Porque sua vida de amor a Deus fortalece sua coragem, com a qual combatem os sete pecados capitais:

  1. Inveja
  2. Acídia (preguiça)
  3. Luxúria
  4. Glutonia (gula)
  5. Avareza
  6. Soberba
  7. Ira

Dentro de suas almas, enquanto, com a coragem, combatem os sete pecados capitais, com a mesma coragem procuram crescer nos Sete Dons do Espírito Santo;

  1. Sabedoria
  2. Entendimento
  3. Conselho
  4. Fortaleza (coragem)
  5. Ciência
  6. Piedade
  7. Temor de Deus

Usando a coragem para combater, dentro e fora de si, o mal; usando a mesma coragem para serem dóceis ao Espírito Santo; eles colhem naturalmente, como consequência de suas atitudes, os doze frutos do Espírito Santo:

  1. Caridade
  2. Alegria
  3. Paz
  4. Paciência
  5. Bondade
  6. Longanimidade (altruísmo, bondade)
  7. Benignidade (boa índole, bom caráter)
  8. Mansidão
  9. Fidelidade
  10. Modéstia
  11. Continência (abstenção do prazer sexual)
  12. Castidade (abstinência total de contatos amorosos)

Tendo em si os sete dons do Espírito Santo e os doze frutos dos Espírito Santo, a cada dia se aperfeiçoam neles os frutos da Caridade:

“Os frutos da caridade são: a alegria, a paz e a misericórdia; exige a prática do bem e a correção fraterna; é benevolente; suscita a reciprocidade, é desinteressada e liberal: é amizade e comunhão: ‘A consumação de todas as nossas obras é o amor. É nele que está o fim: é para a conquista dele que corremos; corremos para lá chegar e, uma vez chegados, é nele que descansamos’.” (CIC § 1829)

NÃO PERCAMOS A CORAGEM

Coragem dada por Deus aos seus filhos, não é a coragem do homem que quer se mostrar corajoso numa briga com outro homem;

Não é a coragem da criança que quer demonstrar não ter medo do escuro;
Não é a coragem da mulher que não teme as dores do parto;
Não é a coragem para trabalhar, com o objetivo de ganhar dinheiro;
Não é a coragem para salvar a vida do corpo de carne;
Não é a coragem louca, de fazer roleta russa com um revólver.

A coragem dada por Deus é a coragem que se empenha em salvar a alma, mais do que em salvar o corpo de carne. Esta coragem, empenhada em salvar a alma, é toda concentrada na busca de Deus, não nela mesma. A coragem do corajoso que busca a Deus, é feita de fé; fé sem timidez, porém repleta de humildade, de fortaleza, de amor e de sabedoria.

Por estar concentrado em estar unido a Deus, o corajoso tem o desejo de levar Deus aos outros. Por quê? Porque “Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria”. (2Tm 1,7)

Poderosa em Deus, não no homem; poderosa em Deus, não nas coisas humanas; é essa coragem dada por Deus. 

“Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes milagres e prodígios entre o povo”. (At 6, 8)

Judeus da sinagoga vieram discordar do que Estêvão falava. Porém, não conseguiam resistir ao Espírito de sabedoria que inspirava Estêvão. Cheios de raiva, subornaram pessoas de má índole para que acusassem Estêvão com mentiras. Dessa forma, conseguiram amotinar o povo e as autoridades religiosas; prenderam Estêvão e o levaram ao Grande Conselho (juízes religiosos judeus, cujo chefe era o sumo-sacerdote).

“Apresentaram falsas testemunhas que diziam: Esse homem não cessa de proferir palavras contra o lugar santo e contra a lei. ‘Nós o ouvimos dizer que Jesus de Nazaré há de destruir este lugar e há de mudar as tradições que Moisés nos legou’. Fixando nele os olhos, todos os membros do Grande Conselho viram o seu rosto semelhante ao de um anjo.” (At 6, 13-15)

Perguntaram a Estêvão se era verdade o que diziam. Estêvão, cheio do Espírito Santo, fez uma explicação curta desde Abraão, passando por vários profetas, até o momento em que tem uma visão com Jesus Cristo.

Todos ouviam Estêvão. Ele poderia terminar sua pregação com palavras apaziguadoras, tentando construir a paz dos homens entre os homens; ele poderia usar o embuste das palavras “politicamente corretas”, mas Estêvão era homem de Deus, estava totalmente inspirado pelo Espírito Santo, e termina falando a verdade, de tal modo que os que não são da verdade não suportam ouvir, e assim o assassinam covardemente, por ele expor seus pensamentos. Eis suas palavras finais, dirigidas às autoridades religiosas:

O martírio de Estêvão

‘Homens de dura cerviz, e de corações e ouvidos incircuncisos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo. Como procederam os vossos pais, assim procedeis vós também! A qual dos profetas não perseguiram os vossos pais? Mataram os que prediziam a vinda do Justo, do qual vós agora tendes sido traidores e homicidas. Vós que recebestes a lei pelo ministério dos anjos e não a guardastes…’

Ao ouvir tais palavras, esbravejaram de raiva e rangiam os dentes contra ele. Mas, cheio do Espírito Santo, Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus:  Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus.

Levantaram então um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se atiraram furiosos contra ele. Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um moço chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que orava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Posto de joelhos, exclamou em alta voz: Senhor, não lhes leves em conta este pecado… A estas palavras, expirou.” (At 7, 51-60)

A coragem de falar o que Deus queria que fosse falado, fez Estêvão ser morto. Mas morrendo, não viu nada de errado em morrer por causa de Jesus Cristo. Antes de morrer, perdoou e orou pela salvação dos que, cheios de ódio, o matavam.

A atitude de amor, de coragem, de compreensão da necessidade que o homem tem de Deus, fez Estêvão morrer sabendo que, ao morrer com a disposição de espírito que morria, sua morte glorificava a Deus e seu sangue serviria como semente de novos cristãos, até mais numerosos e de melhor qualidade, do que se ele vivesse muitos anos pregando o Evangelho. Estêvão amava e temia a Deus. Não apenas amava. Ele amava e temia a Deus.

A QUE FIM LEVA A “CORAGEM” DE NÃO TEMER A DEUS?

Toda coragem para fazer a vontade pessoal em indiferença à vontade de Deus, é destemor de Deus; é grande insensatez, pois não temer a Deus, é não conhecer a resposta da pergunta: Quem é maior do que Deus? 

Que triste fim terá quem não sabe que nada é maior do que Deus! Tal pessoa só conhecerá a resposta quando morrer e se apresentar diante do Tribunal Divino para o seu julgamento. Ali verá e sentirá um medo que nunca sentiu. Sentirá o medo ao extremo, um temor terrível lhe paralisando e apavorando, com excesso de inquietação provocado pela consciência que viveu na terra com a “coragem” de não temer a Deus.

QUAL É O OBJETIVO DA CORAGEM DADA POR DEUS?

A coragem dada por Deus é coragem para se dar testemunho Dele, e não de nós mesmos; é coragem para se realizar a vontade de Deus e não a nossa; é coragem que tem a capacidade de se alegrar com o anúncio do Nome de Jesus e com os frutos deste anúncio.

QUEM NÃO CONHECE A ALEGRIA DO ANÚNCIO DO NOME DE JESUS E OS FRUTOS DESTE ANÚNCIO?

  • O católico com preguiça para evangelizar os outros.
  • O católico cheio da timidez que vem da covardia.
  • O católico que não quer se libertar do medo de se entregar totalmente à cruz de Cristo.
  • O católico cheio de má vontade.
  • O católico cheio de sua vontade pessoal, que é insubmissa à vontade de Deus.
  • O católico que passa mais tempo nas coisas do mundo do que com Deus.

Estes católicos jamais se alegrarão com o anúncio do Nome de Jesus e com seus frutos, pois não querem seguir o exemplo de vida dos servos de Deus. 

“Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do Senhor”. (Tg 5,10)

A AUSÊNCIA DO MEDO

Era sem a fraqueza da timidez, sem a covardia do medo, cheios de amor, sabedoria, fortaleza, contidos na coragem, que os apóstolos anunciavam o Nome de Jesus como único Senhor e Salvador.

“Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça”. “Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria”.

(2Tm 1,7)

Estando São Paulo preso por causa do Nome de Jesus: “apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma”. (At 23,11)

HÁ PESSOAS QUE SÃO VISTAS PELOS DEMÔNIOS COMO PESSOAS SEM UTILIDADE A DEUS

Os que perdem a coragem dada por Deus são vistos pelos demônios como pessoas sem expressão, sem utilidade, pessoas que não oferecem nenhuma resistência e terror a eles na perseguição que eles fazem contra o Reino de Deus na terra. Quem perde a coragem, o ânimo de se manter firme no sim que deu a Deus, no dia que foi chamado pelo próprio Deus, são tratados pelos demônios de duas formas:

1º São muito atormentados por permissão de Deus para que, pelo sofrimento, arrependam-se, peçam perdão e recomecem de onde pararam.

“Mas tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste. Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras. Senão, virei a ti e removerei o teu candelabro do seu lugar, caso não te arrependas.”

(Ap 2, 4-5)

2º Não são atormentados; pelo contrário, conseguem quase tudo o que querem conseguir na vida, no mundo. Por quê? Porque quando Deus não pode recompensar a alma na vida eterna, quando não pode dar a felicidade no Céu, Ele então satisfaz os desejos da pessoa na terra, permitindo que ela seja feliz na felicidade passageira, já que é a escolha da pessoa. Ela escolheu trocar a felicidade eterna pela felicidade na terra. 

PS: Não lembro o nome do santo, nem o nome do livro que fala sobre esse assunto, mas é mais ou menos assim que ele fala sobre os que escolhem a felicidade na terra. Se você souber o nome do autor e do livro, escreva aí nos comentários!

UM DEMÔNIO DIZ AO OUTRO:

– Vem! Vamos àquela casa. Poderemos perturbar a todos os seus habitantes.

– Mas ali não é a casa daquele católico que roubou muitas almas de nossas mãos com as orações e a coragem cheia de muitas habilidades?

– É! Mas ele não é o mesmo, perdeu a coragem. Hoje o demônio mais fraco do inferno pode fazer dele o que quiser. Seu estado, atualmente, é de pusilanimidade, fragilidade, debilidade, covardia, cegueira espiritual profunda. Não há mais poder de Deus nele. Vem, vamos à casa dele, vamos prejudicar sua família, assombrar sua casa, desgraçar a vida deles.

– Você tem certeza de que não seremos levados à exaustão e feridos se possuirmos os que moram naquela casa? Eu ainda estou exausto desde que lutei contra o padre exorcista Gabriel Amorth, que me expulsou do corpo daquela mulher que eu possuía há muitos anos.

– Pelo jeito que estão, talvez não tenhamos de enfrentar algum padre exorcista. Podemos possuí-los sem deixar que eles mesmos, e outras pessoas, percebam que estamos no corpo e na casa deles.

– Por via das dúvidas, vamos convidar mais alguns demônios para irem conosco possuir esse pessoal, a casa e os trabalhos deles.

– Não tenha mais medo da fé e amor a Deus desse pessoal. A fé e o amor esfriaram, vão à Missa aos domingos, ao Grupo de Oração, mas só levam o corpo, não levam a alma, o amor e o coração. Eles estão sem vida de oração, sem jejum, faz tempo que não rezam mais o Rosário. Estão distraídos com muitos interesses e ocupações que em nada adiantam à salvação deles. O modo de viver deles nos dá o direito de possuí-los e possuir o que pertence a eles.

– Você tem certeza de que eles estão desarmados?

– Sim. Os observo há anos. Durante esse tempo, não rezaram nunca mais o Rosário. Não os possui ainda porque as antigas orações deles ainda estavam me impedindo, mas a cada dia essas orações vão ficando mais fracas em seu poder.  Domingo passado, os segui indo à Missa. Fiquei de olho neles. Quando o padre leu o Evangelho, eles estavam pensando nas coisas que gostam de pensar.

O Padre lia aquela parte que o Homem de Luz diz: “Quem não está comigo, está contra mim; quem não recolhe comigo, espalha. Quando um espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso; não o achando, diz: Voltarei à minha casa, donde saí. Chegando, acha-a varrida e adornada. Vai então e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele e entram e estabelecem-se ali. E a última condição desse homem vem a ser pior do que a primeira.” (Lc 11, 23-26)

Nessa leitura, fiquei quase cego. o Céu enviou para eles uma luz e graças que renovou o dom da coragem neles. Eles se alegraram, pensaram em voltar aos caminhos de Deus como antes, fizeram até a promessa de voltar, mas ao chegar em casa, no outro dia, esqueceram o propósito que poderia livrá-los de nossas garras.

Uma vez que deixaram a graça enviada de modo especial para eles passar, uma vez que não se preocupam mais com a salvação de suas almas, pois só fazem suas vontades, temos a permissão de entrar na vida deles. Todas as chances lhes foram dadas por Aquele Crucificado, cujo nome não podemos pronunciar sem nos causar um grande sofrimento.

– Então temos a permissão de atormentá-los e tentar arrastá-los para o inferno?

– Sim.

– Tem uma coisa que acho uma injustiça do Céu contra nós, demônios.

– O que é?

– É que essa permissão para atormentá-los e tentar levá-los ao inferno muitas vezes se volta contra nós, pois na dor e sofrimentos, muitos deles se arrependem, começam a rezar o Rosário, aí se armam novamente. Vem aquela Mulher, Mãe dAquele que morreu na cruz, e nos manda embora da vida deles. Você sabe que nem Satanás, o demônio mais poderosos do inferno, pode nada contra ela.

– É verdade, mas lembre-se de que geralmente têm alguns que não se arrependem, nem rezam o Rosário, e a estes nós conseguimos levar para os sofrimentos eternos do inferno.

– Ah! É verdade. Então vamos logo atrás de mais demônios para, essa semana ainda, os possuirmos.

PERDER A CORAGEM LEVA À MURMURAÇÃO

A murmuração atrai castigo. 

“O povo perdeu a coragem no caminho, e começou a murmurar contra Deus e contra Moisés:- ‘Por que’, diziam eles, ‘nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto onde não há pão nem água? Estamos enfastiados deste miserável alimento.’ (Num 21,5)

Então o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos.  O povo veio a Moisés e disse-lhe:

– ‘Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes.’

Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés:

– ‘Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.’

Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida.” (Nm 21, 5-9)

Quem era mordido por uma serpente, por causa de seu pecado de murmuração contra Deus e contra Moisés, a quem Deus tinha escolhido para conduzi-los, e pensando em Deus, olhava a serpente de bronze, era curado, não morria. Ao olharem a estátua de bronze da serpente, ninguém se tornava idólatra, não adorava outros deuses; antes, obedecia a Deus, que mandou Moisés fazer uma imagem de uma serpente de bronze para ele.

O QUE CAUSOU O ENFASTIAMENTO?

As pessoas começaram a se enfastiar do maná, o alimento que Deus lhes dava todos os dias. “Os israelitas deram a esse alimento o nome de maná. Assemelhava-se à semente de coentro: era branco e tinha o sabor de uma torta de mel”. (Ex 16,31)

O enfastiamento não começou por causa do alimento que Deus dava todos os dias. O enfastiamento começou por alguns insatisfeitos que foram, de murmuração em murmuração, contaminando os outros com suas palavras enganadoras.

Todos os que se deixaram enganar, foram enganados porque deixaram a insatisfação contra os desígnios de Deus entrar em suas vidas e dominar seus corações. Seus corações ficaram insensatos. “O paladar discerne o gosto da caça; o coração sensato discerne as palavras enganadoras”. (Eclo 36,21)

O povo, em sua insatisfação, perdeu a coragem de confiar em Deus; esqueceu que Deus os provava. Esquecidos, tornaram-se insensatos, impacientes. Na insensatez, não eram mais capazes de discernir seus autoenganos, nem quem os enganava. A Lei divina lhes dizia: “Foi Ele quem te alimentou no deserto com um maná desconhecido de teus pais, para humilhar-te e provar-te, a fim de te fazer o bem depois disso”. (Dt 8,16) “Humilhou-te com a fome; deu-te por sustento o maná, que não conhecias nem tinham conhecido os teus pais, para ensinar-te que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor”. (Dt 8,3)

O povo disse a Moisés:

“Por que nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto, onde não há pão nem água? Estamos enfastiados deste miserável alimento.”

Deus ouviu as palavras irrefletidas. Palavras de quem não confiava e respeitava seu Deus.

Deus os tirou da escravidão do Egito, mas eles perguntam porque foram tirados do Egito. Sarcasticamente, perguntavam se foram tirados do Egito para morrerem no deserto. Reclamavam que não tinham pão e água. Disseram que o maná era um alimento miserável.

Deus ouviu estas palavras ingratas muitas vezes. Moisés lhes falava, aconselhava sobre a fé e o temor de Deus. Cheios de indisposição no coração, irritaram-se e disseram o que disseram. Então, o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos.  

Ao verem que a praga das serpentes estava matando muita gente, vendo que nada podiam fazer contra a pandemia, o povo veio a Moisés, reconhecendo que tinham pecado por murmuração contra Deus e contra Moisés.

Moisés intercedeu junto a Deus, e Deus os perdoou. Perdoou-os, mesmo vendo que eles não se arrependeram por amor, e sim por medo de morrerem mordidos pelas serpentes. O medo, porém, tinha o efeito desejado por Deus, pois os fazia refletir sobre a existência de Deus, o amor e temor que se deve dar a Ele.

Como o coração do povo ainda não estava firme no propósito de viver com amor e temor diante de seu Criador, o Criador de todas as coisas deixou as serpentes no meio do povo, para que o povo, vendo a praga mortal ainda entre eles, continuasse a refletir sobre a gravidade do pecado da murmuração contra Deus e seu escolhido. As serpentes no meio do povo, ainda podiam mordê-los, mas só morria quem não olhasse para a imagem da serpente de bronze. Quem era mordido e olhasse essa imagem, era curado e sobrevivia.

É DIFÍCIL AO RECLAMÃO SER BOM CRISTÃO

É muito importante que cada pessoa pare para pensar, faça exame de consciência e se pergunte se anda murmurando, reclamando da vida por falta de fé e confiança em Deus. Se se impacienta facilmente, reclama, murmura de:

  • Trânsito parado
  • Motorista barbeiro
  • Tempo chuvoso
  • Imprevistos
  • Contratempos
  • Lugar barulhento
  • Falta de dinheiro
  • Alimentos, se não estiverem a seu gosto
  • Comida fria
  • Falta de alguma comodidade
  • Coisas que considera pouco

MINHAS MURMURAÇÕES ME FAZEM BEM OU MAL?

Já parei para pensar, conversar com Deus sobre algumas prisões em minha vida, como:

  • prisão na doença e dores;
  • prisão na vontade inconstante;
  • prisão nos prejuízos, problemas financeiros;
  • prisão em alguma maldição;
  • prisão na vontade pessoal, que provoca em meu temperamento alterações entre paz e raiva, ânimo e desânimo, têm por origem a murmuração falada ou só pensada?
  • Minha prisão no orgulho da minha vontade pessoal me impede de viver como Deus quer, fazendo-me ser uma pessoa de palavras, e não de ações na verdade?

MINHAS RECLAMAÇÕES ESTÃO ME MATANDO AOS POUCOS ESPIRITUALMENTE, MENTALMENTE?

O tempo.
Há quanto tempo estou prisioneiro da doença, ou de alguma situação de vida que me impede de receber de Deus o que lhe peço?

Já parei para pensar se minhas reclamações, murmurações, estão prejudicando minha família, a paz do meu lar, do meu trabalho, o cônjuge, os filhos, amigos, vizinhos?

SE SOU UM RECLAMÃO OU RECLAMONA, QUE EXEMPLO DOU ÀS PESSOAS?

Se meu semblante é fechado, devido às raivas e murmurações que guardo dentro de mim, sou um murmurador? Sou um reclamador?

Sou uma pessoa amadurecida, forte, capaz de perdoar tudo e a todos, ou sou uma pessoa imatura, hipersensível, traumatizada, frustrada, que considera que a culpa de meu estado de vida, meu estado físico, psicológico e espiritual, é dos outros e não minha?

SOU AQUELE MURMURADOR QUE TEM PENA DE SI MESMO PELO QUE SOFREU NO PASSADO?

Sou aquele murmurador que vê nos pequenos problemas os maiores problemas?

Sou aquele murmurador que, sofrendo de autopiedade, rejeita a coragem de lutar contra si mesmo, entregando-se facilmente à vida sem luta, sem esforço, e por isso sou um adulto de 25, 30, 40, 50 anos com mentalidade infantilizada?

Sou um murmurador insatisfeito com a vida, que não entende que o ser humano precisa enfrentar e superar dificuldades humanas, físicas, espirituais, que o fazem sofrer, desalojar-se de si mesmo; situações padecedoras que o tiram de seu conforto; situações que o traumatizam; para, por estas experiências difíceis, dolorosas, cansativas, o homem possa se fortalecer espiritualmente, mentalmente, e assim se tornar um adulto amadurecido?

COMO SEI SE SOU UMA PESSOA AMADURECIDA OU INFANTILIZADA?

Minha reação de fé em Deus, calma ou desespero, coragem, medo ou covardia, lucidez ou cegueira, discernimento dos espíritos ou insanidade de raciocínio diante dos pequenos ou dos maiores problemas, revelam se eu amadureci ou sou um imaturo. Se sou homem, ou um menino bobão, ingênuo, no corpo de um homem.

AS PESSOAS QUEREM MINHA AMIZADE?

Por qual motivo querem ser meus amigos? Porque sou filho do presidente da república, de alguém que tem alguma relevância na sociedade, ou é por causa de mim mesmo? As pessoas confiam em mim? Consideram-me uma pessoa normal? Ou uma pessoa traumatizada, difícil de se conviver?

RECLAMO DE PESSOAS QUE NÃO QUEREM OUVIR MINHAS RECLAMAÇÕES?

Reclamo de pessoas que mudam de assunto quando minha murmuração vira fofoca e eu começo a fofocar murmurando?

Reclamo de pessoas que me aconselham a não murmurar contra a vida, contra outras pessoas?

Zango-me com quem quer colocar limites na minha murmuração?

Considero um inimigo quem fica incomodado com minhas reclamações e se afasta de mim, fica me evitando?

SOU UM MURMURADOR?

É muito importante que eu me dê essa resposta, pois murmuradores, reclamadores, são pessoas que podem ser libertas e curadas, se quiserem, mas se não buscarem sua libertação e cura em Jesus Cristo, não terão em si a virtude moral que é oposta à covardia, virtude que dá segurança nas dificuldades, perseverança na prática do bem, calma nos momentos de aperreios, firmeza na resistência contra as tentações.

Não ter ou perder a coragem, é deixar de resistir ao inimigo que quer nos destruir, é renunciar a luta que salvaguarda a nossa vida. O covarde, diante do maior perigo à sua salvação, prefere desistir de lutar. Sua covardia, seu medo, sua desistência é sua condenação. 

“Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”. (Mt 10,22)

Coragem é submissão a Deus e resistência ao demônio. “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós”. (Tg 4,7) 

Resistir ao demônio é uma atitude que requer oração, jejum, muitos Rosários rezados, uso da inteligência humana e espiritual, mostrando à nossa vontade o que ela deve fazer para não ceder ao choque da tentação contra o corpo de carne, o corpo mental e o corpo espiritual.

FORÇA CONTRA FORÇA

Resistir ao demônio é defender-se e atacar com oração; é opor força contra força, suportando o cansaço da batalha; mantendo-se guerreiro em luta, mesmo que adoeça, com a decisão de não sucumbir, de não ser derrotado; é lutar com o ânimo de se manter firme no desejo de vencer a guerra contra o demônio e contra nós mesmos.

Coragem é um exercício espiritual e mental de tática prudente, sob a luz do Espírito Santo, conduzindo a inteligência tática pela paciência, prudência; mostrando os perigos do imediatismo; mostrando o momento certo de avançar, e o momento de recuar para avançar diante das situações.

PRECISO SONDAR MINHA CONSCIÊNCIA PARA SABER SE USO A FORÇA DE DEUS NA RESISTÊNCIA AO DEMÔNIO

Para esse exame de consciência, é muito útil meditar em certos textos de situações de vida que estão na Palavra de Deus. A Palavra Viva transmite conhecimentos necessários à salvação, por isso é dirigida ao povo de Deus, para ele conhecer alguns dos múltiplos meios metodológicos divinos. A meditação faz entender melhor os métodos que Deus usa para a provação seguida de bênçãos; bênçãos além do necessário, depois de os provados terem passado no teste da provação.

O ENIGMÁTICO MANÁ

Meditando na metodologia divina no:

  • mistério do maná,
  • mistério na humilhação,
  • mistério da provação,
  • mistério na importância do que sai da boca de Deus,
  • mistério nas bênçãos,
  • mistério na Palavra de Deus, 

lemos no Livro do Deuteronômio:

“Foi Ele quem te alimentou no deserto com um maná desconhecido de teus pais, para humilhar-te e provar-te, a fim de te fazer o bem depois disso”. (Dt 8,16)

“Humilhou-te com a fome; deu-te por sustento o maná, que não conhecias nem tinham conhecido os teus pais, para ensinar-te que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor”. (Dt 8,3)

EXCITAÇÃO DA MALÍCIA

Sobre a murmuração que é excitada pela malícia, lemos em Eclesiástico:

“No tempo em que Moisés ainda vivia, praticou um ato de piedade com Caleb, filho de Jefoné, permanecendo firme contra o inimigo, impedindo o povo de pecar, e abafando a murmuração excitada pela malícia”. (Eclo 46,9)

O CRIME DOS LÁBIOS

Sobre o castigo de Deus a propósito de quem comete crime com palavras, lemos em Sabedoria:

“Amai a justiça, vós que governais a terra, TENDE PARA COM O SENHOR SENTIMENTOS PERFEITOS, e procurai-o na simplicidade do coração, porque ele é encontrado pelos que o não tentam, e se revela aos que não lhe recusam sua confiança; com efeito, OS PENSAMENTOS TORTUOSOS AFASTAM DE DEUS, e o seu poder, posto à prova, triunfa dos insensatos.

A Sabedoria não entrará na ALMA PERVERSA, nem habitará no corpo sujeito ao pecado; o Espírito Santo educador (das almas) fugirá da perfídia, afastar-se-á dos pensamentos insensatos, e a iniqüidade que sobrevém o repelirá. Sim, a Sabedoria é um espírito que ama os homens, mas NÃO DEIXARÁ SEM CASTIGO O BLASFEMADOR PELO CRIME DE SEUS LÁBIOS, porque Deus lhe sonda os rins, penetra até o fundo de seu coração, e ouve as suas palavras.

Com efeito, o Espírito do Senhor enche o universo, e ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda voz. AQUELE QUE PROFERE UMA LINGUAGEM INÍQUA, NÃO PODE FUGIR DELE, e a Justiça vingadora não o deixará escapar; pois os próprios desígnios do ímpio serão cuidadosamente examinados; O SOM DE SUAS PALAVRAS CHEGARÁ ATÉ O SENHOR, que lhe imporá o castigo pelos seus pecados.

É, com efeito, um OUVIDO CIOSO, QUE TUDO OUVE: nem a menor murmuração lhe passa despercebida. Acautelai-vos, pois, de QUEIXAR-VOS INUTILMENTE, evitai que vossa língua se entregue à crítica, porque até mesmo uma palavra secreta não ficará sem castigo, e a boca que acusa com injustiça ARRASTA A ALMA À MORTE.

Não procureis a morte por uma vida desregrada, NÃO SEJAIS O PRÓPRIO ARTÍFICE DE VOSSA PERDA. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal. MAS, (A MORTE), OS ÍMPIOS A CHAMAM COM O GESTO E A VOZ. Crendo-a amiga, consomem-se de desejos, e fazem aliança com ela; de fato, eles merecem ser sua presa”. (Sb 1)

Deus tenha misericórdia de nós, conceda-nos o dom da coragem, com todas as boas consequências, para nosso crescimento espiritual e nossa salvação.

Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos a todos. J.V.

(1) Fonte:

4 comentários sobre “SEM MEDO DE MORRER

  1. Deus seja louvado está formação veio animar e fortalecer minha alma, diante dos apelos do Sr, seja de uma forma branda ou áspera, Deus trouxe luz as minhas trevas.

  2. É uma grande graça a conversão verdadeira dê-nos Senhor para vivermos convosco eternamente. Cheios do espírito santo como santo estevão.e outros.

  3. Fortalece-nos Senhor!
    Dai-nos uma profunda intimidade contigo, assim tranquilos nas situações mais adversas.
    Rogai pelo Padre Giovanni Scalese, e por todos os cristãos perseguidos por regimes anticristãos no mundo.

  4. Que riqueza ,que o Senhor nos conceda a coragem que precisamos ,e que desde já ,como frutos dessa profunda formação nós possamos irmos nos convertendo ,amando a Deus de todo coração ,renunciando a murmuração e tudo aquilo que possa estar nos afastando do Senhor 🙏🏻🙌🏻

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