VOCÊ ACREDITA QUE ADÃO E EVA EXISTIRAM?

– Você acredita que Adão e Eva existiram?

– Sim.

– Você acredita que Adão foi formado da lama da terra?

– Não.

– Ainda bem! Pensei que você fosse desses fanáticos que não acreditam na ciência.

– Eu acredito que Deus formou Adão do barro da terra, e não da lama. (cf. Gn 2,7)

– Não vá me dizer que você diz que a mulher foi feita da costela do homem.

– Não digo.

– Ainda bem! A ciência diz que isso é impossível. Como você acha que a mulher surgiu?

– Surgiu da costela de Adão.

– Mas você disse que não dizia que a mulher surgiu da costela de Adão.

– Disse. Realmente eu não digo que a mulher nasceu da costela de Adão. Quem diz é a Palavra de Deus, eu só repito.

– Eu não acredito que você vai me dizer que o mito de uma história infantil, de que Deus criou um paraíso fantástico, e nele Adão e Eva viviam felizes sem nenhum tipo de problema, é uma história real.

– Não vou lhe dizer. 

– Ainda bem! Pelo menos você não acredita nessa parte da lenda sobre paraíso.

– Eu disse que não ia lhe dizer, e não vou. Vou ler para você o que acredito:

“O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no Jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo”. (Gn 2,15)

– Estou vendo que você é fanático religioso. Se não fosse, iria acreditar na ciência.

– Eu não estou negando a ciência. O que se torna incompatível com a fé é o pensamento e teorias de alguns cientistas que tentam anular completamente a relação entre Deus e a criação do homem e das criaturas.

– Você realmente acredita nisso?

– No Livro que eu leio, a Bíblia, fala que as diferentes espécies de animais foram criadas por Deus; que a diferença entre elas não significa evolução de espécies. Assim diz a Sagrada Escritura:

“Deus disse: ‘Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a sua espécie.’ E assim se fez. Deus fez os animais selvagens segundo a sua espécie, os animais domésticos igualmente, e da mesma forma todos os animais, que se arrastam sobre a terra. E Deus viu que isso era bom.’’

(Gn 1, 24-25)

– Sua Bíblia diz isso, mas vários cientistas dizem o contrário. Eu não vou deixar de acreditar na ciência moderna para acreditar num livro medieval.

– Para você, um livro como o de Charles Darwin, escrito em 1859, “A Origem das Espécies”, é um livro moderno e confiável; mas a Bíblia, escrita desde uns 4 mil anos atrás, a mando de Deus, Criador de todas as coisas, é um livro medieval não confiável?

– Sim. A Bíblia tem muitos erros; é coisa da Idade Média.

– Você está mal informado e não fez sua própria pesquisa sobre a Idade Média. A Idade Média começou no ano 476 d.C e terminou em 1453. A Palavra de Deus, apesar de não estar toda em um Livro só, começou a ser escrita antes da Idade Média.

– De um jeito ou de outro, sofreu influência da Idade Média, a Idade das Trevas. 

– A Idade Média, que você chama de Idade das Trevas, foi a Idade da Luz, não das trevas, pois na Idade Média nasceram grandes santos na Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo em São Pedro.

– A Bíblia foi escrita pelos homens, não por Deus.

– Você acredita em Deus? 

– Não. Nem nas profecias do fim do mundo. O mundo não vai acabar, vai evoluir.

– Se você acreditasse na Palavra de Deus, você confiaria na Bíblia, quando nela lemos: “Pela fé reconhecemos que o mundo foi formado pela Palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível”. (Hb 11,3)

Quanto às profecias, lemos: “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1, 20-22).

– Você quer que eu acredite em Deus, mas sou uma pessoa prática. Eu só acredito no que pode ser comprovado, por isso não acredito em Deus.

– Um dia você vai crer. Rezarei para não ser tarde demais.

– O que você quer dizer com “não ser tarde demais”?

– Todos os que morreram recusando ter fé em Deus, depararam-se com Ele para o julgamento de suas vidas. Encontraram-se com os demônios, acusando-os de muitos pecados. Eles se apavoraram ao ver que Deus existe, que demônios existem. Compreenderam claramente que, enquanto viviam na terra, seus pecados lhes fizeram escravos da morte; que depois que suas almas saíram do corpo por causa da morte, foram condenados à vida eterna no inferno; porém, nada mais podiam fazer. Entenderam que só poderiam escapar do inferno quando viviam na terra.

– O que você está dizendo é conversa de pessoas que perdem tempo crendo em Deus. Eu não acredito. Ciência! Eu acredito na ciência.

– A ciência não nega a existência de Deus. Pelo contrário, a confirma. Quem nega a existência de Deus são pessoas, não a ciência. Geralmente são pessoas com problemas emocionais ou com mentes aprisionadas no preconceito contra a religião; mas que conseguiram algum diploma universitário, o qual utilizam para expor seus pensamentos traumáticos ou fechados à inteligência lógica, agindo, assim, contra a ética profissional e moral.

O astrônomo Fred Hoyle, que inventou o termo Big Bang, era ateu. Porém, a ciência o fez dizer que “Uma interpretação do senso comum dos fatos sugere que um super-intelecto brincou com a física, bem como com a química e biologia…”

Esse super-intelecto, que Fred Hoyle não reconhece como Deus, é Deus. Sua inteligência lógica o faz perceber, assimilar, entender que existe um super-intelecto; porém, Fred não reconhece como sendo Deus, porque não quer aprender a ciência da verdade sobre Deus.

É contraditório um cientista desprezar uma ciência, por não a considerar ciência, devido aos traumas em seu sistema emocional. É ilógico um cientista, que deve ser lógico, dar explicações sobre ciência, se ele despreza a ciência completa. A ciência humana precisa da ciência espiritual; a ciência espiritual precisa da ciência humana, pois Deus criou estas duas ciências. Uma não deve negar a outra, sob pena de atrasar, prejudicar a própria ciência.

A ciência mostra a Fred Hoyle evidências de Deus, mas seu preconceito religioso não aceita dizer que Deus existe. O preconceito contra Deus o faz agir contra sua própria inteligência lógica; contra a ética e a moral profissional de um cientista astrônomo, que estuda os elementos que constituem o universo: planetas, estrelas, cometas e galáxias.

Fred Hoyle, como todo astrônomo deve ser, tinha grandes conhecimentos sobre física, química, fenômenos espaciais; mas o preconceito religioso prevalecia contra a ciência em seus pensamentos, assim como acontece com milhares de cientistas.

Trauma no sistema emocional ou preconceito contra Deus, esses são dois dos motivos de milhares de cientistas se afirmarem como cientistas, mesmo aderindo apenas a uma parte da ciência, enquanto negam a totalidade da ciência. Conclusão: o problema não está na ciência, está na pessoa do cientista.

– Nunca ouvi falar nesse Fred Hoyle.

– Quero terminar nossa conversa lhe afirmando que a ciência nos apresenta fatos e teorias, muitos cientistas se fixam na teoria desprezando os fatos. Fato é realidade. Teoria é uma ideia que se desenvolve por suposição, por hipóteses. É uma ideia, uma fantasia, uma informação imaginada sem comprovação da verdade por meio de fatos.

– Teoria é dizer que Deus existe. Me prove que Deus existe.

– Se eu lhe der provas da ação de Deus na terra, nem assim você acreditará, porque você fechou sua mente para a verdade absoluta, mas mesmo assim vou lhe dar algumas provas.

Os cientistas não conseguiram, até hoje, dar uma explicação sobre como foi feita a imagem que se encontra no Sudário de Turim, o tecido em que foi envolvido o Corpo ensanguentado de Jesus no sepulcro. Afirmam que o mais provável é que a impressão tenha sido feita pela irradiação de uma luz poderosa, originada pelo próprio corpo.

Para nós, católicos, essa luz, que imprimiu a imagem do Rosto e corpo de Jesus no Sudário, é mais uma prova de sua ressurreição.

O Sudário parece apresentar o mesmo fenômeno do manto da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe: a imagem não está diretamente sobre o tecido, mas “flutua” ligeiramente acima dele.

Todas as tentativas dos cientistas para reproduzir a impressão que há no Sudário falharam.

Pesquisas feitas por cientistas sérios e competentes de diferentes áreas, da espectrometria à química, afirmaram ser impossível que o Sudário tivesse sido feito, pintado na idade média, uma vez que nem atualmente existe tecnologia para reproduzir o modo de como a imagem foi impressa no pano.

Estes cientistas anularam a controvérsia de que era um tecido da época da idade média ao detectarem, por análise, que o tecido do Sudário foi feito entre 280 a.C. e 220 d.C.

A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe surgiu em 1531, quando o índio Juan Diego disse ter visto a Virgem Maria num campo próximo da Cidade do México.

Como prova, ele apresentou seu manto, um tecido feito de fibra de cacto, que dura no máximo 20 anos, mas já está com mais de 500 anos. É realmente sem explicação científica a preservação do manto com a imagem, mesmo depois de ter ficado exposto ao tempo por mais de 200 anos. Atualmente a imagem está exposta na Basílica de Guadalupe, no México.

No manto se vê a imagem de Maria Santíssima, a qual foi “impressa” depois da aparição. O material foi analisado em diversas ocasiões por cientistas, que nunca conseguiram determinar como a imagem surgiu sobre o tecido.

Não é uma imagem pintada. Não há sinais de pinceladas, não há camadas de pintura, não é um bordado, não foi estampada. A imagem flutua ligeiramente acima do tecido! O verso da imagem é colorido como na frente, como se a tinta tivesse encharcado o tecido.

São corpos de pessoas que creram em Deus, viveram e morreram em obediência aos seus Mandamentos, e depois de muitos anos foram encontrados em estado de preservação incomum, sem sinais de putrefação. Estes corpos não foram preparados com química para serem preservados. São preservados pelo poder de Deus. Entre esses santos, estão os corpos de:

Beato Carlo Acutis

Santa Bernadette Soubirous

São Pio de Pietrelcina

Santa Rita de Cássia

Santa Clara de Montefalco

Santa Catarina Labouré

Santa Jacinta Marto

Santa Zita de Lucca

São Vicente de Paulo

Santa Clara de Assis

São Charbel

Em 13 de outubro de 1917, mais de 70 mil pessoas testemunharam um milagre que três crianças disseram que iria acontecer.

Como as crianças sabiam o que iria acontecer?

Souberam por Nossa Senhora, que lhes tinha aparecido e dito.

Ao meio-dia, uma forte chuva parou de repente. As nuvens se abriram, o sol surgiu no céu como um disco luminoso opaco, que girava em espiral e emitia luzes coloridas. O fenômeno durou cerca de 10 minutos. As roupas das pessoas molhadas pela forte chuva ficaram secas, as poças de lama sumiram instantaneamente.

São Januário, o padroeiro de Nápoles, foi martirizado no século IV e um pouco do seu sangue foi guardado em um relicário. Depois do terremoto de 1980, que matou mais de 2.500 pessoas em Nápoles, o sangue passou a se liquefazer, mudar a coloração e o peso todos os anos, no dia 19 de setembro, dia do santo e data de sua morte.

O milagre da liquefação também é esperado no 1° domingo do mês de maio, data da primeira trasladação do corpo do santo; e 16 de dezembro, dia da procissão realizada com as relíquias de São Januário em 1631, o que impediu a erupção do vulcão Vesúvio.

Nos momentos em que o sangue de São Januário não se liquefez, a Tradição confirma que houve grandes catástrofes.

Na primeira não-liquefação, ocorreu a Peste Negra;

Na segunda não-liquefação, ocorreu a explosão do vulcão Vesúvio;

Na terceira não-liquefação, ocorreu a Primeira Guerra Mundial;

Na quarta não-liquefação, ocorreu a Segunda Guerra Mundial.

Na quinta não-liquefação, em 1978, a região foi assolada por uma terrível epidemia de cólera.

– Isso que você diz que é prova de que Deus existe, para mim não prova nada.

– Charles! “Para quem tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para quem não tem fé, nenhuma explicação é suficiente.” (Santo Tomás de Aquino) Dê licença que está na hora de rezar o segundo Rosário. Até mais. Deus lhe dê a fé Nele.

– Mas eu tenho umas coisas para dizer.

– Rezar o Rosário e lhe incluir nele é mais importante do que continuar essa conversa.  Addio! Tchau! Bye! Wiedersehen!