QUANTO TEMPO DURA A PROVAÇÃO OU O CASTIGO DE DEUS NA VIDA DE UMA PESSOA?

VOCAÇÃO DE JESUS!
Deus seja amado com todas as forças de nosso coração e de nossa alma.

18/10/2022

“Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te”.
(Ap 3,19)

Primeiro, entendamos que Deus não quer castigar ninguém.

Deus não sente prazer em castigar. Porém, por amor aos pecadores, para libertar o homem dele mesmo e assim poder perdoá-lo e salvá-lo, Deus se sente obrigado a repreender e castigar os que, sem o castigo, condenariam-se ao inferno.

Segundo, entendamos a diferença entre provação e castigo.

Em seu sofrimento, Jó não estava sendo castigado, estava sendo provado. Jó não precisava ser castigado para amar e temer a Deus. A Palavra de Deus diz que “Havia, na terra de Hus, um homem chamado Jó, íntegro, reto, que temia a Deus e fugia do mal”. (Jó 1,1)

Uma pessoa é provada pela vontade de Deus porque Deus deseja aumentar seus dons espirituais, mentais e materiais, além de conceder outros bens, além do necessário, ainda na terra, como fez com Jó. Leia o capítulo 42 do Livro de Jó, para ver como Deus o abençoou em sua perseverança ao fim da provação.

O CASTIGO É DIVIDIDO EM DOIS

Um tipo de castigo é para salvar:

“É por isso que castigais com brandura aqueles que caem, e os advertis mostrando-lhes em que pecam, a fim de que rejeitem sua malícia e creiam em vós, Senhor”. (Sb 12,2)

O outro tipo de castigo é para condenar:

Depois de ter sido muitas vezes alertado de diversas formas, pois é assim que Deus faz com todos os seus filhos; Herodes, sempre se recusando a ouvir a voz de Deus, por causa de seu orgulho, foi castigado pelo Anjo Exterminador, e assim, foi comido vivo pelos vermes. A Escritura diz: “No mesmo instante, o anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado honra a Deus. E, roído de vermes, expirou”. (At 12,23)

QUEM MARCA O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVAÇÃO OU DO CASTIGO É DEUS

Toda provação ou castigo tem começo, meio e fim.

O único castigo que não tem fim é o castigo de quem é condenado ao inferno.

Existem dois tipos de provação.

  • 1º – A provação para uma pessoa de grande santidade, que ama e teme a Deus; que é íntegra, reta e foge do mal; é uma provação que não tem seu tempo prolongado nem diminuído, porque tal pessoa é muito firme na sua santidade em Deus.
  • 2º – A provação para uma pessoa de menor santidade pode ter o seu tempo prolongado ou diminuído, segundo o que Deus quer conseguir dessa pessoa, em grau de amor, temor, integridade, retidão, constância e sabedoria na fuga do mal.

Uma pessoa sob o castigo de Deus pode ter o tempo desse castigo prolongado ou diminuído.

  • O tempo será diminuído se a pessoa reconhecer que Deus enviou ou permitiu uma situação difícil em sua vida por bom motivo.
  • Que o motivo é que a pessoa, vivendo como estava vivendo, iria se condenar ao inferno.
  • O reconhecimento de que o castigo foi o único meio que Deus tinha para salvar, faz o castigado se alegrar com a bondade divina, pedir perdão, misericórdia e ajuda a Deus para mudar de vida.
  • Se o castigado se submeter ao aprendizado que o castigo pode ensinar, então o castigo durará pouco tempo, pode ser até um tempo pouquíssimo. Mas se a pessoa se recusa a ser humilde para ouvir e aprender o que tem de aprender por intermédio do castigo, este durará mais tempo, será prolongado até a pessoa aprender o que tem de aprender.
  • Se o castigado procurar, de modo humano e não espiritual, a solução do sofrimento provocado pelo castigo de Deus; se, ao invés de se dedicar à oração, ao jejum, procurando a solução em Deus, ele pensar que a solução está no mundo, no apoio dos homens, o castigo poderá se prolongar até o castigado aprender a buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (Mt 6, 33).
  • Os alunos que estudam, passam de ano. O aluno que não estuda, fica reprovado, repetirá o ano. Se, na repetição do ano, continuar sem aprender o que tem de aprender, repetirá o ano mais uma vez. Só deixará de repetir de ano quando tiver aprendido o que deve aprender para passar nas provas.

Quem pode livrar o castigado do castigo de Deus?

  • Ninguém!

Por que ninguém pode livrar outra pessoa do castigo de Deus?

  • Porque o castigo de Deus não tem o objetivo de destruir, causar dor, sofrimento, humilhação, sobre o castigado, para a condenação do castigado. O castigo divino acontece para libertar a pessoa dela mesma, das prisões do maligno que existem no mundo e na vastidão da complexidade dos processos mentais do ser humano, onde Satanás sabe colocar suas numerosas e diferentes armadilhas.

Condicionalismo do castigo

  • O castigo de Deus nunca vem sem que Deus avise antes as condições e casualidades dos motivos pelos quais o castigo pode acontecer.
  • O castigo de Deus é sempre condicional. Quer dizer, o castigo pode chegar ou nunca chegar, vai depender do aviso de Deus ser ouvido, acreditado e obedecido.
  • Antes da Primeira e Segunda Guerra Mundial, Deus enviou Nossa Senhora para avisar que se a humanidade não se voltasse para Deus pedindo perdão, misericórdia e ajuda para se converter dos pecados para a santidade, a humanidade seria castigada com a guerra e todos os sofrimentos em decorrência dela.
  • As pessoas não deram crédito à voz de Deus. Por esse motivo, as duas guerras mundiais que poderiam ser evitadas, não foram.
  • Deus mandou o profeta Jonas avisar aos habitantes de Nínive que a cidade iria ser destruída dentro de 40 dias. Os ninivitas temeram a Deus, oraram, jejuaram, pediram perdão. Deus os perdoou e Nínive não foi destruída.

SEM A BONDADE DE DEUS NA METODOLOGIA DIVINA DO CASTIGO, NABUCODONOSOR TERIA SE CONDENADO AO INFERNO

Quando Nabucodonosor endureceu seu coração no orgulho, Deus o castigou para poder salvá-lo, ele teve um sonho que o perturbou. Ele contou o sonho e pediu a interpretação.

“Então Daniel (cognominado Baltazar) permaneceu alguns instantes perdido no tumulto de seus pensamentos, e o rei prosseguiu:

– Baltazar, este sonho e sua significação não devem perturbar-te!

– Meu senhor, replicou Daniel, possa o sonho ser para teus inimigos, e sua significação para teus adversários!

A árvore que viste crescer e tornar-se bela, cujo cimo tocava o céu e era avistada dos confins da terra, esta árvore de bela folhagem, de frutos abundantes que a todos dava o que comer, sob a qual viviam os animais terrestres, e em cujos ramos abrigavam-se os pássaros do céu, esta árvore, és tu senhor, que te tornaste grande e poderoso, cuja altura crescente atingiu os astros, cuja dominação estende-se até os confins da terra.

Por outro lado, o rei viu um santo vigilante descer do céu e exclamar:
– Derrubai a árvore, desgalhai-a; mas deixai na terra o tronco e as raízes, se bem que atadas por correntes de ferro e de bronze no meio da erva do campo. Que seja molhado pelo orvalho do céu e viva com os animais terrestres até que sete tempos hajam passado sobre ele.
Eis o que isto significa: trata-se aí, ó rei, de um decreto do Altíssimo concernente ao rei, meu senhor:

Expulsar-te-ão de entre os homens para te fazer habitar com os animais do campo;
Pastarás ervas como os bois e serás molhado pelo orvalho do céu.

Sete tempos passarão sobre ti, até que reconheças o domínio do Altíssimo sobre a realeza humana o qual a confere a quem lhe apraz.

Se foi ordenado deixar intatos o tronco da árvore e suas raízes, é que tua realeza te será restituída logo que reconheças a soberania do céu.

Queiras então, ó rei, aceitar meu conselho: resgata teu pecado pela justiça, e tuas iniquidades pela piedade para com os infelizes; talvez com isso haja um prolongamento de tua prosperidade.

TUDO ISSO ACONTECEU AO REI NABUCODONOSOR.

Doze meses mais tarde, o rei, passeando (nos terraços) do palácio real, fazia esta reflexão:
– Eis aí verdadeiramente a grande Babilônia, que construí para fazer dela uma mansão real por meu poder soberano, e para servir à glória de minha majestade!

Falava ainda, quando uma voz baixou do céu:
– Anunciam a ti, rei Nabucodonosor, que teu reino te foi arrebatado. Vão expulsar-te dentre os homens para: te fazer viver entre os animais dos campos; pastarás ervas como os bois.

Sete tempos passarão sobre ti, até que reconheças que o Altíssimo domina sobre a realeza humana e que a confere a quem lhe apraz.

No mesmo momento, o oráculo pronunciado sobre Nabucodonosor cumpriu-se; ele foi expulso dentre os homens pastou ervas como os bois; seu corpo foi molhado pelo orvalho do céu.

Seu pêlo cresceu como penas de águia suas unhas, como unhas de pássaro.

Ao terminar os dias marcados, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos para o céu. A razão voltou-me e eu bendisse o Altíssimo; louvei e glorifiquei aquele que vive eternamente, cuja dominação é perpétua, cujo reino subsiste de idade em idade.

Diante Dele nenhum habitante da terra tem importância; age como quer tanto em se tratando do exército celestial quanto em relação aos habitantes terrenos. Ninguém pode bater-lhe na mão e perguntar-lhe: Que fazeis aí?

Nesse mesmo instante a razão me foi restituída, com o brilho de minha realeza, minha majestade e meu esplendor. Meus conselheiros e meus nobres vieram procurar-me; fui reintegrado à frente do meu reino e meu poder achou-se aumentado.

Agora, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico o rei do céu, cujas obras são todas justas e cujos caminhos são retos, e que tem o poder de humilhar aqueles que procedem com orgulho.”

(Dn 4, 16-34)



Oremos!

Senhor Deus, de bondade e misericórdia!

Arranca de mim o coração cego, rebelde, sem entendimento, cheio de mim mesmo.

Dai-me um coração que Vos enxergue, um coração manso e humilde igual ao de Jesus, um coração maleável aos vossos Mandamentos.

Dai-me a graça de entender, alegrar-me e viver a vossa santa vontade para a minha vida.
Dai-me a graça de buscar o vosso Reino e vossa justiça em primeiro lugar na minha vida. Amém.

. . .

Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos a todos.
J.V.

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