“É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação”. (Lc 21,19)

VOCAÇÃO DE JESUS!
Deus seja amado com todas as forças de nosso coração e de nossa alma.

06/09/2021

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Capítulo 01

Os inconstantes precisam das orações, penitências, jejuns, paciência e esperança dos constantes. Julgar e desprezar os inconstantes não os ajuda espiritualmente. Pelo contrário, os prejudica; ficando quem os julga e despreza, mas prejudicado ainda, pois Jesus estabeleceu a lei do julgamento e da medida: “Do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.” (Mt 7,2)

Não julgar, não significa ter respeito humano e não falar verdades ou dar bons conselhos,  no amor, a quem está morrendo espiritualmente pela venenosa mordida da antiga serpente, que sabe como dar a abocanhada fatal, inoculando na mente e alma, o anti-dom da inconstância.

Não alertar os inconstantes sobre o risco que correm, não seria amor a Deus nem a eles. Seria não se importar se o inconstante se salva ou se condena. Precisamos ajudar com orações e sacrifícios os que são inconstantes em suas vidas espirituais, fazendo isso por amor a Deus e às almas deles. “Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens.” (Cl 3,23)

Na mensagem de Fátima, Portugal, na Cova da Iria, muitas pessoas pensam que Nossa Senhora pediu orações e sacrifícios pelos pecadores somente aos três pastorinhos, pois apareceu a eles, falou com eles. Sim, inicialmente pediu a eles, mas deles o pedido de Nossa Senhora se dirigia a toda a humanidade, a cada pessoa viva neste mundo, em todas as gerações que, posteriormente, viriam a conhecer o pedido dela. “Rezai, rezai muito, e fazei sacrifícios pelos pecadores. Muitas almas vão para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”. (Trecho da Mensagem de Fátima)

Capítulo 02

O inconstante quer ser constante, mas para ele é muito difícil. Por quê? Porque ele precisa primeiro receber orações e sacrifícios de seus irmãos de oração. Com essa ajuda, o Espírito Santo usará da providência divina para libertá-lo da areia onde ele faz seus propósitos, colocando-o, assim, na rocha que é Jesus. Em Jesus, ele começará a evitar o pecado da inconstância para com Deus, devido à sua falta de decisão. Recebendo a ajuda necessária, com a ajuda da graça divina (andando devagar para uns e andando mais rápido para outros), o inconstante começará a ter firmeza de espírito e solidez na decisão.

Com oração e bons conselhos, Deus o curará instantaneamente, ou o ajudará a se libertar da falta de educação e correção que deveria ter recebido na sua infância. Cura-lo-á dos maus exemplos de seus pais, ou de um deles, que começava alguma coisa e nunca terminava o que começava.

A misericórdia divina o livrará da cegueira da inconstância espiritual, aquela inconstância que fez os judeus aclamarem a Jesus em sua entrada em Jerusalém, e depois, em outro dia, pedirem para Jesus ser crucificado. Leiamos como diz a Bíblia:

O POVO ACLAMA JESUS

“Conduziram a Jesus o jumentinho, cobriram-no com seus mantos, e Jesus montou nele. Muitos estendiam seus mantos no caminho; outros cortavam ramos das árvores e espalhavam-nos, pelo chão. Tanto os que precediam como os que iam atrás clamavam:
– Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vai começar, o reino de Davi, nosso pai! Hosana no mais alto dos céus!” (Mc 11, 7-10)

O MESMO POVO PEDE PARA JESUS SER CRUCIFICADO

“Pilatos falou-lhes outra vez:

– E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?

Eles tornaram a gritar:

– Crucifica-o!

Pilatos replicou: Mas que mal fez ele? Eles clamavam mais ainda:

– Crucifica-o!

Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.”

(Mc 15, 12-15)

Capítulo 03

Na ajuda aos que dela precisam, devemos pedir a Deus que nos dê o discernimento dos espíritos para sabermos discernir os conselhos e cuidados que devemos ter com os inconstantes que são imaturos, problemáticos, mas não são maus; e com os inconstantes que lutam contra Deus, fazendo-se passarem por amigos de Deus. É muito difícil ajudar uma pessoa, quando ela luta contra Deus, porque ama o mundo mais do que a Deus, e do mundo não quer sair.

Se o inconstante receber a ajuda que ele precisa em orações, sacrifícios e bons conselhos, ele será liberto de seus traumas humanos e prisões espirituais. Humanamente e espiritualmente, conseguirá se manter firme em seus propósitos com Deus, no chamado vocacional que Deus lhe fez e deu.

A verdade e a bondade de Deus o libertarão mentalmente e espiritualmente da INGENUIDADE INTELECTUAL E ESPIRITUAL que o faz viver como um tolo, levado por todo tipo de novidade religiosa doutrinal saída da perversidade do coração de homens maus. A Sagrada Escritura diz que Jesus, a uns “constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, PARA O APERFEIÇOAMENTO DOS CRISTÃOS, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ATÉ ATINGIRMOS O ESTADO DE HOMEM FEITO, A ESTATURA DA MATURIDADE DE CRISTO. Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitadas por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. Mas, pela prática sincera da caridade, CRESÇAMOS EM TODOS OS SENTIDOS, NAQUELE QUE É A CABEÇA, CRISTO. É por ele que todo o corpo – coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria – efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade.” (Ef 4, 11-16)

Capítulo 04

Jesus diz aos seus seguidores que a salvação está na constância. Constância em quê?

Constância no seguimento Dele, carregando cada qual a sua cruz.

Constância no amor, na fé, na esperança, na total confiança Nele.

Jesus usou a palavra constância, que é sinônimo de afinco, tenacidade e também de obstinação. Mas a obstinação a que Jesus se refere é a afeição excessiva ao pensamento, às ideias, às convicções Dele, que é Deus e Salvador, não às nossas.

Uma pessoa obsessiva é uma pessoa com afeição exagerada às suas próprias convicções. Tal apego às próprias ideias é erro. Essa pessoa precisa confiar mais nos pensamentos de Deus e ser excessivamente obsessiva em renunciar a seus pensamentos e vontades para seguir os pensamentos e vontade de Deus. “Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”. (Mt 16,24) Quem pensa ter se renunciado para seguir Jesus, mas não renunciou às suas próprias ideias, pensamentos, não se renunciou; está se enganando ao mentir para si mesmo. Por quê? Porque, sem perceber, cedeu aos pensamentos do tentador das almas.

O tentador tenta o católico para ele não se renunciar para seguir Jesus.

O tentador o tenta para que seja persistente em fazer sua vontade, não a vontade de Deus.

O tentador o tenta para que seu objetivo seja o mundo, mais do que o Céu; para que trabalhe mais para conseguir as coisas do mundo do que as coisas do Céu.

O tentador o tenta para que, enquanto assim vai sendo tentado e vivendo a tentação em que caiu sem perceber, ele não entenda que caiu na tentação, que está hipnotizado por ela.

O tentador tenta para o tentado pensar consigo mesmo que está, mesmo de modo imperfeito, fazendo a vontade de Deus; que está agradando a Deus, mesmo que não seja como deveria; mas Deus entende, porque Ele é bom.

Esse tipo de tentação leva muita gente para o inferno no fim da vida, se durante a vida não pedirem a Jesus para serem libertos das tentações em que caíram. Essa tentação é muito perigosa, porque leva os tentados a descumprirem o primeiro e maior de todos os Mandamentos, que é amar a Deus sobre todas as coisas.

Muitos são os católicos tentados pelo tentador a não considerarem importante meditar por si mesmos sobre o que é o Primeiro Mandamento.

Por que Deus o colocou por primeiro?

Qual a importância do maior dos Mandamentos para a salvação, na vida de cada pessoa no mundo?

O tentador tenta os católicos para eles se considerarem muito “ocupados”, “não terem tempo” para parar e pensar, sondar a consciência em oração, pedindo a Deus que lhes mostre se estão praticando o Primeiro Mandamento como é seu dever, sua necessidade espiritual; para irem para o Céu no fim da vida, e não para o inferno.

Capítulo 05

“As almas dos que morrem em pecado mortal atual, ou somente no pecado original, descem rapidamente ao inferno”. (Concílio de Florença, em 1439) Mesmo sabendo que o inferno existe, muitos católicos são tentados pelos demônios para não verem a importância de se perguntarem se é pecado não sondar a consciência para saber se estão, ou não, esforçando-se para cumprir o Primeiro Mandamento.

Infelizmente, o tentador, usando de astúcia diabólica, está conseguindo fazer muitos católicos deixarem de acreditar na existência do inferno, e isso é um perigo mortal.

Quando Deus mandou que um Santo Anjo levasse até o inferno a Santa Faustina Kowalska, de volta, no seu relato, ela diz: “Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão é justamente daqueles que não acreditavam que o inferno existia.’’

O Magistério da Igreja deliberou expressamente, no Símbolo Atanasiano (450 e 500 dC): “E os que obraram… mau (irão) ao fogo eterno”; “esta é a fé católica: todo aquele que não a acredita fiel e firmemente, não poderá salvar-se” (Denzinger-Hüneremann, n. 76.).

“A pena do pecado… atual é o tormento da geena eterna” (Inocêncio III. Ibid., n. 780). “Definimos, além disso, que, segundo a comum ordenação de Deus, as almas dos que morrem em atual pecado mortal, imediatamente depois de sua morte descendem ao inferno, onde são atormentadas com as penas infernais”.

(Bento XII. Ibid., n. 1002)

Capítulo 06

• Hades (Sb 16, 14)
• Perdição (Mt 7,13)
• Trevas (Mt 8,12)
• Fornalha ardente (Mt 13,42)
• Fogo eterno (Mt 18,8)
• Geena. Fogo inextinguível (Mc 9,43)
• Lugar de tormento (Lc 16,28)
• Tártaro (2Pe 2,4)
• Abismo (Ap 9,11)
• Lago de fogo e enxofre (Ap 19,20)

Capítulo 07

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 1033, diz: “Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: ‘Quem não ama, permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora, vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’.” (1 Jo 3, 14-15).

Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dEle, se descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos, seus irmãos. Morrer em pecado mortal, sem arrependimento, e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado dEle para sempre, por nossa própria livre escolha. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno”.

Capítulo 08

Quando Jesus falou aos discípulos que “É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação.” (Lc 21,19), o tentador que procurava ouvir tudo o que Jesus falava, ouvindo Jesus falar sobre a constância, pensou: Ele está dizendo também: é pela vossa inconstância que alcançareis a vossa condenação, mas vejo que muitos ouvem sem entender uma coisa e outra.

O tentador mandou um demônio ficar anotando o que Jesus falava, enquanto ele foi ao inferno, reuniu os demônios e deu ordem de todos se concentrarem em tentar todos os seguidores de Jesus com o sentimento da inconstância, até que o sentimento se tornasse ato. Os demônios perguntaram:

– Inconstância em quê?

A resposta de Satanás foi:

– Outro dia escutei Esse Homem dizendo que quem quisesse segui-Lo, era necessário que se renunciasse a si mesmo e carregasse a sua cruz. Então, vocês vão tentar para que haja inconstância sentimental no seguimento de Jesus carregando cada qual a sua cruz. Tentem para que haja inconstância no amor, na fé, na total confiança em Deus.

– Como criaremos esse sentimento até que ele se transforme em ato?

– Observem como é o chamado de cada um à santidade; que vocação Jesus deu a eles; como Jesus quer cada um carregando a sua cruz. Todos os chamados são diferentes, apesar de eles estarem seguindo só a Jesus. Sabendo, então, quais dons, qual serviço Jesus quer receber deles, individualmente e em conjunto, comecem tentando para que o tentado cometa pequenas infidelidades.

Quando o tentado for infiel nas pequenas coisas, tentem para que ele repita as pequenas infidelidades muitas vezes. Se ele cair nessa tentação, o passo dois é: comecem a tentar para ele ser infiel nas médias, depois, nas grandes coisas. Não queiram tentá-los de início com as grandes tentações da infidelidade; vocês seriam derrotados.

As pequenas leviandades os prepararão para os grandes atos de infidelidade. Os que queremos destruir, levar à perdição eterna, irão se tornando instáveis nos seus deveres para com Deus. A espiritualidade vai perdendo a força; os compromissos vocacionais começarão a não ter importância para a nossa vítima.

O sentimento de inconstância e o ato de infidelidade juntos, fortalecerão o desânimo para com os compromissos que fizeram com Deus. Desse modo, a infidelidade a Jesus irá se repetir no coração, mente e alma do tentado, a ponto de se transformar em ato. Se vocês, demônios, conseguirem levar um destes seguidores de Jesus, a quem odiamos, a este estágio, será muito difícil para ele se libertar da prisão em que o colocamos.

Fiquem atentos! Os Anjos da Guarda de quem tentamos os ajudam e protegem, o iluminam e aconselham; dia e noite intercedem por eles junto ao Todo-Poderoso lá de cima. Mas a carne de todos os que tentamos é fraca. Olhar as almas que já levamos para o inferno, ver os gritos de sofrimentos nas labaredas do inferno, nos dá esperança de que podemos vencer todos eles, e levar todos para os tormentos eternos. É a nossa vontade que não se salve ninguém.

Vão, demônios desgraçados! Vão agora tentar esses discípulos e todos os seguidores de Jesus, em todas as gerações, com a inconstância. Sem ela, seremos derrotados. Precisamos da inconstância na vida de quem queremos levar ao inferno. Quanto mais inconstante for na vida de oração pessoal e comunitária, mais infiel será. Quanto mais infiel for, mais nosso será.

Escutem bem, demônios do inferno! Inconstância e infidelidade levam ao pecado contra o Primeiro Mandamento. Esse pecado de falta de amor a Deus vai criando a aversão aos compromissos feitos com Deus; a qual se transformará, lá na frente, em aversão a Deus de modo voluntário. Esse tentado, vencido por nós, terá Deus na boca, mas não no coração. Quando Deus derramar graças sobre ele para ele voltar atrás e ser como era antes, facilmente nós apagaremos o fogo do Espírito nele.

Ele se alegrará por um instante, pensará em voltar a Deus, mas quando apagarmos seu desejo em poucos dias, ele voltará a viver longe de Deus, e assim será até morrer, caindo imediatamente no inferno. Só assim levaremos nossa vítima ao inferno eterno, porque está em estado de total fraqueza.

Escutem, desgraçados demônios! Não permitam que ele volte a orar e jejuar, pedindo ajuda, perdão e misericórdia a Deus. Se ele fizer isso, nós o perdemos, temos a experiência de séculos, vendo Deus vir libertar de nossas garras quem já estava sem jeito de se salvar.

Quem de vocês, demônios, for humilhado pela constância de apenas um destes seguidores de Jesus; se for derrotado pela constância dele, será cruelmente atormentado no inferno, pois eu e o inferno não podemos suportar ser vencidos pela constância de apenas um destes a quem tanto odiamos.

A constância rouba a alma dele dos sofrimentos no inferno, rouba outras almas de nossas garras; a constância é ruim para o inferno; o constante contagia as outras almas, as alimenta de exemplo. É com a inconstância na vida deles que eles poderão ser nossos eternos prisioneiros.

Capítulo 09

O constante no amor, na fé, na total confiança em Deus, no seguimento de Jesus carregando a sua cruz, no chamado vocacional que Deus lhe fez, vive na terra com raízes em Deus, no Céu, por isso se salvará.

Os inconstantes são tentados:

• Para viverem na terra com raízes nas coisas passageiras da terra;
• Para que seu amor, sua fé, sua confiança estejam na realidade das coisas da terra;
• Para colocarem suas esperanças em coisas e situações mais do que em Deus;
• Para acreditarem que algumas coisas boas que fazem têm poder de salvá-los, desconsiderando que a salvação é crer, amar, seguir e servir a Jesus Cristo, o único que pode salvar;
• Para não perceberem seus erros;
• Para não se arrependerem e não pedirem ajuda a Deus para serem libertos de tudo o que os faz amar as coisas do mundo;
• Para não pensarem no dia da morte, por medo e por apego à vida no mundo;
• Para não quererem saber o que acontece no fim da vida, quando a alma deixa o corpo;
• Para não acreditarem que os demônios pegam as almas que voluntariamente amaram o mundo e suas vontades pessoais mais do que a Deus, e as levam imediatamente para o inferno, assim que elas morrem;

Um dos sinais dos que já estão a caminho do inferno é se deixar dominar pela tentação, cujos objetivos são:

• Fazer não crer na existência do inferno;
• Fazer recusar crer que o inferno existe;
• Fazer não querer saber o que é necessário fazer para não ir para o inferno quando morrer;
• Fazer não querer falar sobre o assunto do inferno;
• Fazer não querer pesquisar na Bíblia sobre a existência do Céu e do inferno;
• Fazer não meditar sobre o que leva uma pessoa à salvação ou à condenação;
• Fazer não se interessar para saber quais são os meios, nem buscar esses meios, que Jesus deu à Igreja que Ele fundou em Pedro, para que a alma seja livre do inferno;
• Fazer não querer ouvir ou ler a respeito dos sofrimentos das almas condenadas ao inferno;
• Fazer dizer para os outros que o inferno não existe;
• Fazer se impacientar e ter raiva de quem quer lhe falar sobre como evitar cair no inferno;
• Fazer pensar ou dizer aos outros que Deus é amor e no fim vai salvar todas as pessoas;
• Fazer crer, dizer e tentar provar que demônio não existe;
• Fazer dizer que o inferno já é aqui na terra;
• Fazer não ter medo de ir para o inferno;
• Fazer dizer que prefere a festa no inferno do que a monotonia do Céu;
• Fazer se recusar a pensar que pode ir para o inferno quando morrer, se continuar a viver como vem vivendo – sem amor e sem buscar a Deus de todo coração.

Capítulo 10

Os demônios tentam o católico para ele não ter persistência na vida de renúncia de si mesmo, carregando a sua cruz atrás de Jesus. Se ele aceitar a tentação, começará a ser inconstante em sua vida espiritual; começará a deixar maus pensamentos e mágoas entrarem em seu pensamento. Maus pensamentos e mágoas vão abrindo portas para emoções negativas de impaciência, raiva, desejo de vingança, preguiça, má vontade e inquietação para orar, ler a Palavra de Deus, ler a vida dos santos católicos, participar das orações etc. 

Começará a chegar atrasado nos encontros oracionais, pois não tem mais interesse em participar deles. Só chega na hora quem valoriza com quem vai se encontrar. Esse católico, no entanto, não tem mais o entendimento de que deve cumprir o horário espiritual, pois é primeiro um compromisso com Deus, e depois com os irmãos. Depois de sucumbir à tentação da inconsistência no amor a Deus, ele se torna prisioneiro dos atrasos. O pior atraso é o atraso espiritual, que lhe faz viver atrasado espiritualmente. Os anos se passaram e seu crescimento espiritual não cresceu, nem estacionou, diminui a cada dia.

“A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da Palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido! Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança”.

(Hb 5, 12-13)

O segundo atraso é uma prisão que pode chegar a se transformar numa maldição; pode passar hereditariamente para os descendentes do atrasado; não somente porque verão seu pai ou mãe, ou os dois, não conseguirem cumprir horários espirituais, mas por ser uma maldição que seus filhos podem herdar sem terem culpa dos atos dos seus antepassados.

O próximo passo do inconstante, em não lutar contra si mesmo, é começar a faltar às suas reuniões; o outro passo é abandonar tudo e ir embora. Levados pelo tentador, uns ficam visitando os movimentos religiosos ou leigos que existem na Igreja, sem se comprometerem com nenhum. Muitos chegam a ir para outras religiões. Lá, nas seitas, culpam a Igreja por seus fracassos.

(P.S.: Sobre pessoas que não conseguem ser pontuais nos compromissos espirituais, muitas vezes não é maldição, é só mau exemplo aos familiares e aos de fora, é negligência, é falta de interesse em ser pontual com os compromissos espirituais. Não é maldição, é uma ação humana/espiritual, da qual o diabo pode tirar proveito para influenciar os outros.)

Capítulo 11

O inconstante é muito tentado pelo demônio para não se esforçar em sair de sua vida de pouco amor a Deus. Os demônios querem que seu amor, fé e constância sejam sem consistência. Para isso, esse católico é tentado a não ter firmeza em ser um católico comprometido em buscar a própria santidade e perfeição no coração de Deus.

Os demônios tudo fazem para transformar o coração do inconstante em um solo pedregoso. Explicando a parábola do Semeador, Jesus disse: “O solo pedregoso em que ela (a semente da Palavra de Deus) caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida, mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda.” (Mt 13, 20-21)

O inconstante não precisa de uma grande tribulação para desistir do compromisso com Deus, basta que as coisas não lhe agradem, que não sejam como ele gosta e quer, e ele já considera o suficiente para justificar sua quebra de compromisso com Deus.

Que compromisso?

O compromisso de se renunciar no seguimento de Jesus; compromisso de ser constante no carregamento da sua cruz.

Deus, que é bom, misericordioso e poderoso, abençoe-nos a todos.

J.V.